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The First Berserker: Khazan – Um Soulslike Intenso e cruel!

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The First Berserker

Os jogos estilo Soulslike sempre voltam a chamar atenção. Quando você pensa que escapou de mais um desafio exaustivo, um novo título chega para reacender o vício. E, desta vez, o culpado atende pelo nome de The First Berserker: Khazan. Desenvolvido pela Neople e publicado pela Nexon, o jogo mergulha de cabeça na ação brutal e entrega uma das melhores experiências do gênero fora da FromSoftware.

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Mesmo trazendo elementos familiares e até derivativos em sua essência, Khazan combina tudo de forma competente. O resultado é uma aventura desafiadora, envolvente e visualmente deslumbrante.

A vingança de Khazan é o que move tudo

A narrativa de The First Berserker: Khazan surpreende por não exigir conhecimento prévio sobre o universo Dungeon and Fighter. Isso permite que qualquer jogador mergulhe diretamente na jornada de Khazan, um antigo general acusado injustamente de traição. Como punição, seus tendões foram cortados, limitando seus movimentos e iniciando uma história de vingança sombria.

The First Berserker

Apesar da simplicidade do enredo, a trama se fortalece através das cenas bem dirigidas e da dublagem marcante. A união com um espírito chamado Blade Phantom aprofunda ainda mais o mistério, ampliando o impacto emocional da jornada. Khazan não apenas busca justiça pessoal, mas também precisa restaurar a ordem do Netherworld, o domínio do espírito que o possui.

O visual em estilo anime eleva a narrativa. A produção caprichada prende a atenção, especialmente nas cutscenes, onde o jogo realmente brilha. Mesmo com diálogos funcionais, a ambientação carrega o peso dramático e motiva a continuar.

Combate técnico e exploração recompensadora

Assim como todo bom Soulslike, The First Berserker: Khazan coloca o combate em primeiro lugar. Nos momentos iniciais, os cenários parecem lineares demais, quase como corredores sem desvios. No entanto, à medida que a aventura progride, novas áreas, caminhos alternativos e chefes opcionais surgem para recompensar quem explora além da trilha principal.

The First Berserker

A jogabilidade lembra a estrutura de Nioh, com progressão fase a fase e mapas interconectados em menor escala. Ainda que não alcance o refinamento de level design de jogos como Elden Ring ou Dark Souls, Khazan oferece áreas belas e variadas que servem como arenas perfeitas para o verdadeiro destaque: o combate.

Conforme se avança, o jogo oferece mais liberdade de exploração e variedade de inimigos. Itens escondidos e caminhos alternativos surgem com frequência, incentivando a curiosidade do jogador. Mesmo com limitações, o level design se adapta bem à proposta mais centrada e direta do jogo.

Um sistema de combate viciante e desafiador

O combate de The First Berserker: Khazan brilha ao mesclar o ritmo frenético de Bloodborne com a precisão de Sekiro. Enfrentar inimigos exige reflexos rápidos, domínio das esquivas e, principalmente, um bom uso do sistema de parry (contra-ataque). O jogo te força a permanecer agressivo, punindo posturas defensivas.

Khazan se destaca ao exigir perfeição. Ao acertar um parry, o jogador recupera estamina e esgota a do inimigo. Isso cria duelos intensos, especialmente contra chefes brutais com barras de vida e estamina imensas. Cada encontro vira uma dança mortal em que dominar o tempo de cada golpe define o sucesso.

The First Berserker

A movimentação é fluida, os ataques combinam com naturalidade e o sistema de mira é surpreendentemente eficiente, algo raro até mesmo entre os melhores do gênero. A dificuldade, embora alta, recompensa o aprendizado contínuo e cada derrota contribui para a evolução do jogador, em vez de puni-lo com estagnação.

Progressão acessível sem perder profundidade

Ao contrário de outros títulos do gênero, Khazan facilita a compreensão do sistema de progressão. Com apenas três tipos de armas – lâminas duplas, espada grande e lança –, fica mais fácil encontrar o estilo ideal. Além disso, o número reduzido de atributos facilita a escolha de onde investir seus pontos.

O sistema de habilidades complementa bem essa abordagem. Habilidades desbloqueáveis, novos combos e ataques carregados ajudam a reduzir a dificuldade com o tempo. A mudança de estilo se torna natural conforme o jogador desbloqueia novos recursos. Um exemplo claro disso foi quando a habilidade certa me fez abandonar a espada grande pelas lâminas duplas, tornando o combate mais fluido e eficaz.

Além disso, o jogo oferece uma solução inteligente para o clássico problema de grind: a cada tentativa de enfrentar um chefe, o jogador recebe uma pequena quantidade de experiência (Larima). Isso evita que o progresso trave completamente, como ocorre em Elden Ring, onde é necessário sair do desafio para farmar inimigos fracos repetidamente.

Conclusão: um novo gigante no gênero Soulslike

The First Berserker: Khazan é brutal, implacável e extremamente gratificante. O jogo bebe diretamente de várias fontes do gênero Soulslike, mas combina tudo de forma coesa e competente. Seu sistema de combate baseado em parry oferece uma abordagem distinta que desafia o jogador a se adaptar constantemente.

Embora o começo seja um pouco linear e o estilo exigente possa afastar alguns, quem persistir encontrará um título rico, intenso e visualmente impressionante. A história de vingança, somada ao espírito guerreiro de Khazan, garante uma experiência memorável do início ao fim.

Para fãs de jogos desafiadores e combates técnicos, Khazan é mais que recomendado. É um novo marco entre os Soulslikes modernos e um forte concorrente entre os melhores do subgênero.

A Comunidade Mega Drive recebeu uma chave para o review do jogo.

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