
A Bandai Namco surpreendeu os fãs com o projeto de remasterização de Tales of Graces f. Longe de ser apenas um port simples, a nova versão traz uma lista extensa de opções personalizáveis desde o início do jogo. Um dos destaques é a Grade Shop, acessível já no primeiro gameplay, permitindo ajustar diversos aspectos da jogabilidade.
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Essa loja oferece modificadores que alteram o jogo de várias maneiras. Quer batalhas mais rápidas? Ative o dano dobrado e prepare-se para lutas intensas. Também há opções como experiência ou taxa de drops dobradas. Os jogadores mais hardcore podem ignorar essas facilidades para uma experiência mais desafiadora, mas a liberdade de escolha é o verdadeiro diferencial dessa remasterização.
Além disso, as melhorias não param por aí: é possível pular cutscenes, ligar ou desligar encontros com inimigos e até trocar para vozes japonesas. Os gráficos também foram aprimorados para monitores HDR e 4K, deixando o jogo ainda mais bonito.
Personalização Completa e Experiência Clássica
Praticamente todas as funcionalidades de conveniência podem ser ativadas ou desativadas, permitindo uma experiência totalmente personalizada. Para quem deseja reviver a sensação do jogo original, basta ignorar a Grade Shop e as novas opções para curtir um desafio clássico.
A dificuldade secreta continua bloqueada até o término do jogo, preservando a recompensa para quem busca um desafio extra. Isso equilibra a balança entre as facilidades oferecidas e a essência do jogo, permitindo que cada jogador escolha como deseja encarar a aventura.
Essa flexibilidade é um grande acerto da Bandai Namco, respeitando tanto os veteranos quanto os novatos que querem aproveitar o jogo sem frustrações excessivas.
Uma História que Vale a Paciência
Mesmo com tantos elogios, o início de Tales of Graces f é um pouco lento. O prólogo mostra os personagens ainda crianças, com diálogos que às vezes se alongam demais. As vozes infantis podem incomodar, mas essa introdução é essencial para construir a conexão emocional que sustenta a narrativa.
Após essa fase inicial, a história ganha ritmo e evolui de maneira impressionante. A caracterização dos personagens é profunda, com arcos emocionantes e reviravoltas bem executadas. A relação entre Asbel e seus amigos é cativante, tornando os momentos de conflito ainda mais impactantes após o salto temporal.
Apesar de utilizar tropos clássicos de JRPGs, como amnésia e política, o jogo os trabalha com uma execução impecável, valorizando cada cena com trilhas sonoras e silêncios que intensificam a emoção.
Skits e Interações que Dão Vida ao Mundo
Um dos grandes trunfos de Tales of Graces f é a quantidade de eventos Skit, pequenas cenas dubladas que mostram interações entre os personagens. Esses momentos variam de conversas engraçadas a desabafos emocionais, enriquecendo a personalidade de cada membro da equipe.
As Skits aparecem com frequência, mantendo a narrativa sempre viva. Há também muitas atividades secundárias, como quebra-cabeças baseados na lore do jogo, colecionáveis e até um mini jogo de cartas com personagens da franquia Tales.
Essa abundância de conteúdo mantém a sensação de descoberta constante, incentivando a exploração e premiando a curiosidade do jogador com novas interações e recompensas.
Combate Profundo e Viciante
O sistema de combate é um dos pontos mais fortes do jogo. Inicialmente simples, ele revela uma profundidade surpreendente conforme o jogador desbloqueia habilidades e títulos. Cada personagem possui centenas de títulos que liberam artes, buffs e vantagens únicas.
A movimentação é restrita a um eixo linear, mas é possível desviar para reposicionar-se. Isso, combinado com a importância das fraquezas elementais, torna as batalhas estratégicas e desafiadoras. Chefes podem ser brutais, exigindo domínio do sistema e ajustes nas táticas da equipe.
O jogo ainda oferece multiplayer local para até 4 jogadores, intensificando a diversão em lutas mais caóticas. Embora não tenha suporte online, a opção de co-op local já é um grande atrativo para jogar com amigos.
Dualizing e as Possibilidades Infinitas
O sistema de crafting, chamado Dualizing, adiciona ainda mais camadas de personalização. É possível combinar praticamente qualquer item para criar equipamentos aprimorados, alimentos ou acessórios com buffs variados. As combinações são quase infinitas, permitindo experimentar diferentes builds para os personagens.
Além disso, há o Eleth Mixer, que pode gerar itens enquanto o jogador explora ou adicionar efeitos passivos poderosos. Isso incentiva a personalização constante e recompensa a criatividade na gestão de recursos.
Com tantas mecânicas interligadas, Tales of Graces f se torna um verdadeiro paraíso para quem gosta de otimizar personagens e testar estratégias variadas.
Conclusão: Um JRPG Inesquecível
Tales of Graces f é um exemplo brilhante de como fazer uma remasterização de respeito. A Bandai Namco não apenas modernizou o jogo com gráficos e recursos de qualidade de vida, mas também preservou a essência que fez dele um clássico.
A história, mesmo com um início lento, conquista pelo desenvolvimento dos personagens e pelas reviravoltas emocionantes. O combate é viciante, e a quantidade absurda de conteúdo secundário garante horas e mais horas de diversão.
Seja para fãs de longa data ou para quem nunca jogou um título da série, Tales of Graces f é uma experiência imperdível. É a prova de que, com carinho e atenção aos detalhes, um JRPG de 15 anos pode se tornar ainda mais especial em sua nova versão.
A Comunidade Mega Drive recebeu uma chave para o review do jogo.