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Rendering Ranger: R² [Rewind] | Review

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Rendering Ranger: R² é um jogo que mistura os gêneros run-and-gun e shoot-‘em-up (SHMUP) em uma experiência visualmente impressionante para o Super Famicom. Lamentavelmente, foi lançado apenas no Japão em 1995, tornando-se um dos títulos mais raros do console. Graças à Limited Run Games e à Ziggurat Interactive, ele finalmente recebeu uma edição mundial. Mas será que vale a pena conhecer essa relíquia? Vamos explorar sua história, jogabilidade e o que esperar dessa versão revisitada.

Origens e Desenvolvimento

Rendering Ranger: R² foi criado por Manfred Trenz, famoso pela série Turrican. O jogo passou por uma longa e conturbada produção, originalmente concebido como um SHMUP puro. No entanto, a pressão dos distribuidores fez com que o game incorporasse elementos de run-and-gun, seguindo o sucesso de Contra. Outra grande mudança foi a adoção de gráficos pré-renderizados, inspirados em Donkey Kong Country, substituindo os sprites desenhados à mão.

Infelizmente, quando o jogo ficou pronto, o mercado já estava voltado para consoles 3D, e o interesse da publicadora diminuiu. Apenas 10.000 cópias foram produzidas, tornando Rendering Ranger: R² um dos jogos mais raros do Super Famicom.

Jogabilidade e Mecânicas

A jogabilidade de Rendering Ranger: R² é uma combinação equilibrada entre ação terrestre e combates espaciais. Os segmentos run-and-gun lembram Contra, com fases lineares cheias de inimigos biomecânicos e um arsenal variado. O ritmo é acelerado, mas os controles podem parecer um pouco duros em comparação a outros jogos do gênero.

Os estágios SHMUP são um destaque absoluto. Inspirados em clássicos como R-Type e Axelay, essas fases apresentam combates frenéticos, chefes gigantes e efeitos visuais impressionantes para o hardware do Super Nintendo. A alternância entre os estilos garante uma experiência variada e desafiadora.

Gráficos e Sons

Os gráficos pré-renderizados dão ao jogo uma aparência futurista e industrial, mas também apresentam algumas limitações. Durante as fases run-and-gun, a falta de contraste pode dificultar a leitura do cenário, tornando certas áreas confusas. Já as fases SHMUP têm cores mais vibrantes e uma fluidez impressionante, com dezenas de sprites se movendo simultaneamente sem slowdown significativo.

A trilha sonora é composta por músicas eletrônicas intensas, acompanhadas de efeitos sonoros que reforçam a ação. Apesar de não ser tão memorável quanto a de outros jogos da época, cumpre bem seu papel de imersão.

Dificuldade e Desafios

Rendering Ranger: R² é notoriamente difícil. Mesmo no modo Easy, as fases se tornam brutalmente desafiadoras a partir do quarto nível. Algumas seções exigem reflexos rápidos e memorizacão precisa dos padrões inimigos. Além disso, o jogo não possui continues, apenas um sistema de senhas.

A edição [Rewind] adiciona algumas facilidades, como a opção de rebobinar a jogabilidade, save states e filtros gráficos. No entanto, a ausência de um sistema de continue automático pode frustrar os jogadores menos acostumados a esse tipo de desafio.

Vale a Pena Jogar?

Rendering Ranger: R² é um jogo que merece ser resgatado do esquecimento. Sua combinação de gêneros, gráficos inovadores para a época e desafio intenso o tornam um título imperdível para fãs de retro gaming. A versão [Rewind] oferece melhorias bem-vindas, mas poderia ter incluído mais opções de acessibilidade.

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Se você gosta de desafios no estilo Contra e R-Type, essa é uma experiência obrigatória. Mesmo com seus pequenos problemas, Rendering Ranger: R² prova ser um clássico esquecido que finalmente recebeu o reconhecimento que merece.

A Comunidade Mega Drive recebeu uma chave para o review do jogo.

 

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