
O universo mágico de Into the Emberlands está repleto de recursos naturais e criaturas adoráveis. Seria um verdadeiro paraíso, não fosse a misteriosa Névoa que ameaça cada passo fora da vila.
.
Felizmente, você assume o papel de um Portador da Luz, equipado com uma lanterna especial que permite explorar essas terras amaldiçoadas com segurança. Seu objetivo é resgatar sobreviventes e reunir suprimentos para transformar sua vila em um santuário próspero.
Jogabilidade envolvente e mecânica estratégica
No início do jogo, a Torre de Brasas protege a pequena vila, composta por poucas casas e prédios em ruínas. A cada missão concluída, relatar o progresso à Torre é essencial para o crescimento da vila. Quanto mais ajudar os Knacks – adoráveis habitantes do mundo de Into the Emberlands –, mais benefícios receberá, como melhorias para ferramentas, moedas e outros recursos.
Cada missão leva o jogador para além da proteção da Torre, em biomas dominados pela Névoa. Esse fenômeno sombrio devora tudo em seu caminho. No entanto, com sua Lanterna de Brasas, é possível avançar, desde que haja combustível suficiente. Cada passo consome uma brasa, exigindo planejamento cuidadoso, especialmente no início. Além disso, a câmera possui um movimento restrito, impedindo a visão antecipada do trajeto. Dessa forma, memória e paciência são fundamentais para o progresso.
Um ciclo de exploração viciante
A exploração entre a vila e os biomas é divertida e bem elaborada. O estilo point-and-click adotado pela Tiny Roar proporciona precisão ao movimentar o Knack pelo mundo. Um detalhe inteligente é a exibição do custo de brasas ao passar o cursor sobre um destino, evitando desperdícios.
O uso das ferramentas também é intuitivo. Basta selecioná-las na barra de inventário, arrastá-las até o local desejado e clicar para utilizá-las. Diferente de outros jogos, não é necessário mover o personagem até um ponto específico para interagir. Por exemplo, mesmo distante de uma árvore, ainda é possível usar o machado para coletar madeira. Isso ajuda a economizar passos e a planejar melhor os caminhos. No entanto, o fato de as ferramentas ocuparem espaço no inventário pode dificultar a gestão de recursos.
Repetitividade nas missões
As missões tendem a ser repetitivas, pois envolvem a coleta de recursos naturais, o resgate de aldeões perdidos ou a obtenção de itens mágicos, como as Brasas Cristalizadas. Para quem não gosta de missões desse tipo, Into the Emberlands pode não ser a melhor escolha. Por outro lado, a ausência de combates e a falta de um limite de tempo para cumprir os objetivos criam uma experiência relaxante e agradável.
Descobertas e mistérios
O maior trunfo do jogo é despertar a curiosidade do jogador. O mundo de Into the Emberlands está repleto de descobertas interessantes, como Trolls, chaves misteriosas, pontos de teletransporte, Knacks artistas e cientistas. Além disso, muitos dos itens encontrados nos biomas ajudam a melhorar equipamentos e reabastecer suprimentos, facilitando o retorno à vila.
Personalizar as ferramentas do Portador da Luz adiciona variedade à jogabilidade e compensa a repetição das missões. Melhorias podem aumentar a capacidade da Lanterna de Brasas, expandir o inventário ou permitir carregar mais moedas. A escolha das atualizações dependerá dos desafios enfrentados. Se o problema for alcançar um novo bioma, aumentar a quantidade de brasas transportadas pode ser a melhor solução.
Riscos e desafios
Apesar do tom relaxante, existe o risco de falhar. Caso fique sem combustível na lanterna, o personagem se perde na Névoa. Isso resulta na perda de itens e melhorias nos equipamentos, embora a vila permaneça intacta. Um novo Portador da Luz assume o papel, e as missões inacabadas continuam disponíveis. Mesmo com essas penalidades, a experiência de exploração é tão envolvente que o reset não se torna frustrante.
Um mundo encantador e cheio de vida
Visualmente, Into the Emberlands encanta com sua paleta vibrante e animações fluidas. O jogo parece um conto infantil ganhando vida. Os Knacks, além de fofos, são bem-humorados. Um deles, por exemplo, reclama quando a escola da vila é reconstruída, pois não quer voltar a estudar. Outro finge uma lesão no joelho para evitar missões perigosas.
Um convite à aventura
Mergulhar em Into the Emberlands é explorar um mundo onde aconchego e desafios se misturam. Desenvolvido pela Tiny Roar e publicado pela Daedalic Entertainment, o jogo combina aventura relaxante, mecânicas de sobrevivência e gerenciamento de recursos. Como Portador da Luz, sua missão é resgatar aldeões aprisionados pela Névoa e reconstruir um lar seguro.
A jornada do Portador da Luz
A história começa na pacata vila dos Knacks, que serve como base para as operações. No início, o local abriga poucos habitantes. Alguns NPCs explicam as mecânicas do jogo sem recorrer a longos tutoriais, tornando a aprendizagem orgânica. Com dicas sutis, o jogo é intuitivo e acessível, sendo uma ótima opção para jogadores de todas as idades.
A jogabilidade gira em torno da exploração e coleta. O jogador deve aventurar-se pela Névoa em busca de recursos e sobreviventes, expandindo a vila ao longo do caminho. O maior desafio está na limitação da lanterna, que precisa ser recarregada periodicamente. Durante a exploração, melhorias podem ser adquiridas, prolongando a duração da chama e permitindo alcançar áreas mais distantes.
Mundo procedural e desafios inesperados
Se a lanterna se apagar, o Portador da Luz se perderá na Névoa, assim como os aldeões resgatados. No entanto, isso não significa o fim do progresso. Um novo herói é escolhido entre os habitantes, e a jornada recomeça com uma lanterna básica. A vila, entretanto, permanece evoluída.
O mundo de Into the Emberlands é gerado proceduralmente, garantindo uma experiência sempre renovada. Cada vez que um novo ciclo começa, os biomas são recriados, evitando a monotonia de percorrer os mesmos caminhos. A progressão da vila influencia o surgimento de novos desafios, aproximando biomas inexplorados conforme a necessidade do jogador.
Porém, a geração procedural também pode causar problemas. Ferramentas essenciais, como picaretas e machados, podem não estar acessíveis logo de início. Além disso, sem moedas suficientes para comprá-las na vila, o jogador pode ficar preso. Em alguns casos, pode ser mais fácil perder o personagem de propósito e reiniciar o mundo do que tentar superar um impasse sem os equipamentos necessários.
Conclusão
Into the Emberlands oferece uma experiência encantadora e envolvente. Seu ciclo de exploração, a geração procedural e a personalização de equipamentos tornam o jogo viciante. Apesar da repetitividade das missões e dos desafios impostos pelo mundo procedural, a sensação de descoberta constante mantém o interesse vivo. Para quem busca uma aventura relaxante, repleta de mistérios e um toque de estratégia, essa jornada vale a pena.
A Comunidade Mega Drive recebeu uma chave para o review do jogo.