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Videogame, e porquê os jogadores olham para o passado | Opinião

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Por Fabrício Meireles

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O declínio da nova geração de videogame

A nova geração de consoles já tem quatro anos de existência, e o que mais vejo são reclamações de que está muito ruim. Dentro da minha bolha (pois é difícil generalizar), ouço que essa pode ser a pior geração de videogame já feita, e eu realmente concordo com isso.

Parece que os “engravatados”, que agora acham que entendem tudo de videogames, estão apenas pensando no lucro rápido e destruindo um legado que vem desde os anos 1970.

O foco exagerado no lucro e a perda de criatividade

Isso se deve ao fato de que as empresas se agarraram a um modelo de negócio que visa muito o lucro, mas pouco a criatividade em si. Nos anos 1980 e 1990, as empresas faziam muito com pouca informação e tecnologia.

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Poucos recursos, mas muita diversão em Keystone Kapers (Atari 2600)

Não me entendam mal: sei que as empresas de videogame precisam lucrar para existir, mas será que precisam ser tão gananciosas a ponto de simplesmente não se importarem com os jogos para sobreviver?

O retorno às gerações passadas

O resultado disso – e nesse cenário eu me incluo – é que muitos jogadores estão voltando a gerações anteriores e conhecendo jogos que muitas vezes passaram batidos em suas vidas.

Isso ocorre por vários fatores, como no caso das eras de 8 e 16 bits, em que ficávamos restritos aos jogos disponíveis nas locadoras próximas às nossas casas ou àqueles emprestados por amigos.

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Castle of Illusion (Game Gear)

Já nas eras de 32, 64 e 128 bits, a situação foi diferente. Com a pirataria em alta, muitas vezes jogávamos títulos sem nos dedicarmos de forma séria, apenas por termos muitas opções.

Descobrindo pérolas escondidas

Eu mesmo conheci muitas pérolas escondidas de gerações passadas de videogame quando resolvi dar um tempo na nova geração. Às vezes, queremos apenas nos divertir, brincar e passar o tempo, sem a necessidade de explorar jogos com mapas gigantes cheios de nada.

Esses jogos, por mais que tenham gráficos ultrarrealistas, mais parecem filmes feitos para ganhar um Oscar, mas com diálogos bobos que só me fazem querer pular tudo e ir direto para o gameplay.

A onda de remasterizações

Pior ainda é a onda de remasterizações, que só confirmam a preguiça ou a cara de pau das empresas em cobrarem duas vezes pelo mesmo jogo. Muitos desses “remasters” não mudam absolutamente nada e são apenas relançados para serem comprados novamente por desavisados ou nostálgicos. Alguns deles, inclusive, chegam ao mercado com apenas três anos de diferença em relação ao jogo original.

A diversão como essência dos videogames

Para mim, a experiência de jogar videogame sempre foi sobre diversão, seja sozinho, seja com amigos. Atualmente, temos um bom cenário indie, mas infelizmente ele é esmagado pelas grandes marcas que dominam o mercado.

No ano passado (2024), para mim, foi um dos melhores anos em relação a videogames, pelo simples fato de eu explorar as gerações mais antigas. Ver como a indústria era criativa e apaixonada pelo que fazia não me fez a mínima falta em relação aos lançamentos do momento.

Pelo contrário, porque, quando tentei jogar algo novo do ano passado, deparei-me com mais um jogo genérico, com aquela fórmula atual da Ubisoft.

O novo ano e a esperança de mudança

Neste ano que se inicia, resolvi dar mais uma chance para a nova geração, já que possuo um PC e um Xbox Series S. A propósito, é um nome horrível para um console, não é, Microsoft?

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Series S

Espero me divertir tanto quanto no ano passado, quando joguei muito Mega Drive, Master System, PS2, Xbox 360 e vários indies no PC.

Conclusão: A paixão pelos videogames

Essa é minha pequena opinião sobre a nova geração. Como um gamer que viveu todas as gerações e ama muito videogames, espero sinceramente que a indústria melhore e volte à sua essência. Um abraço a todos os gamers apaixonados como eu!

Conheça o canal do Fabrício, membro da Comunidade Mega Drive, no YouTube.

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