O sucesso inicial de Lotus Turbo Challenge
Que tal falarmos de um jogo que deu base, de certa forma, ao Top Gear? Então vamos falar de Lotus Turbo Challenge
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Por Felix dos Santos
Muito antes da gourmetização dos jogos de corrida, que hoje são separados em Simcades, simuladores e arcades, esses jogos já faziam sucesso considerável nos consoles domésticos. Um exemplo é Enduro, do Atari, que na época era incrível e, sem falsa nostalgia, continua divertido até hoje.
Nos sistemas de 8 bits, muitos jogos representaram essa paixão por carros e videogames, utilizando tanto visão isométrica quanto a visão por trás dos veículos. Exemplos incluem Pit Stop e Super Monaco GP, no Master System, e RC Pro-AM e Nascar Challenge, no NES.
Porém, uma série que hoje em dia é muito esquecida trouxe, na era 16 bits, uma proposta que se tornaria febre nos jogos de corrida 3D: o licenciamento de marcas. Meus queridos leitores nostálgicos (ou não), vamos falar um pouco sobre ela: Lotus Turbo Challenge!
A série LTC foi desenvolvida pela Gremlin Graphics e, posteriormente, pela Magnetic Fields, destacando-se pela jogabilidade e gráficos acima da média. Para a época, oferecia realismo e velocidade impressionantes, inspirando-se nos carros esportivos da Lotus – conhecidos por sua performance, mas inacessíveis para o público gamer. Ainda assim, o jogo conquistou muitos fãs com sua jogabilidade fluida e cores vibrantes.
O impacto de Lotus III e seu legado
O primeiro título da série foi lançado em 1990 para plataformas como Atari ST, Amiga e Commodore 64. Com o sucesso do primeiro jogo, a sequência veio em 1991, trazendo carros mais detalhados, 16 pistas e os modelos clássicos da Lotus, como Elise, Elan e Esprit Turbo. Além disso, a trilha sonora era memorável e permanece icônica até hoje.
Na minha opinião, a versão definitiva da série é Lotus III: The Ultimate Challenge, lançado em 1992. Com 21 pistas, o jogo marcou história, oferecendo uma experiência incrivelmente divertida. Lembro-me de passar horas jogando, desafiando amigos que só queriam saber de Top Gear.
Era muito bom ver os críticos do som do Mega Drive balançando a cabeça ao som das músicas de Lotus. Se hoje Forza Horizon tem rádio, Lotus já oferecia isso na época, com uma boa dose de realismo. Não precisávamos imaginar o carro: ele estava lá, com suas características únicas, respeitando, claro, as limitações técnicas daquele tempo.
No Brasil, Lotus Turbo Challenge foi ofuscado pelo brilho de Top Gear. Apesar disso, Lotus mostrou que jogabilidade arcade, música envolvente e carros reais eram a fórmula perfeita para jogos de corrida.
