A primeira memória que veio à minha mente ao iniciar o V Rising foi: “Isto me lembra muito Warcraft III.” O menu com vários botões para uma aventura solo – como acontece em vários momentos no jogo da Blizzard – e foi então que me deparei com um mapa relativamente grande onde eu deveria construir um castelo e lutar com inimigos, seja em modo solo ou em modo multiplayer com amigos e inimigos!
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V Rising é incrivelmente o melhor de dois mundos, com acessibilidade para pessoas que não têm tanto tempo para jogos completamente PvE e até alguns dos melhores sistemas implementados em jogos do gênero de sobrevivência.
E, como se isso não bastasse, ele aborda o tema dos vampiros e o expressa em todos os seus sentidos, dentro de suas mecânicas, ambientação e designs, permitindo que possamos criar o castelo dos nossos sonhos.
EXPLICANDO UM POUCO AS CATEGORIAS DE V RISING
Antes de falar sobre o jogo em si, é justo abordar as maneiras de jogá-lo. Além das várias configurações de dificuldade para iniciar a aventura no papel de vampiros que retornaram à luta, há três categorias distintas: a primeira é em um jogo hospedado localmente, que é o mais próximo de um modo singleplayer, mas sem impedir que outros jogadores se juntem; lembre-se de que, quando o jogo é fechado, outros jogadores também são forçados a sair.
A segunda é em um servidor PvE: desses, é possível encontrar tanto oficiais, gerenciados pela Stunlock Studios, quanto não oficiais. Em servidores PvE, confrontos entre vampiros não são previstos e ninguém pode roubar baús alheios, mas é importante ter em mente que os recursos no mundo do jogo, embora regenerem com o tempo, são compartilhados por todos.
Portanto, não é impossível ir, por exemplo, à pedreira de cobre para se abastecer e descobrir que outra pessoa já passou por lá e limpou tudo. Quando se joga em um servidor (seja PvE ou PvP), o tempo obviamente continua passando mesmo quando o jogador não está online, então, por exemplo, os fornos continuarão a funcionar sem que seja necessário ficar conectado para gerenciá-los.
A última modalidade é a em servidores PvP, e aqui as coisas ficam mais difíceis: os outros vampiros encontrados podem decidir atacar e, se conseguirem matar, roubarão os recursos (isso é mútuo, é claro). Não só isso: nem mesmo o castelo está garantido como seguro, já que uma parte importante do componente PvP de V Rising, especialmente nas fases mais avançadas, envolve a possibilidade de atacar as mansões de outras pessoas e, em casos extremos, até mesmo tomá-las.
Uma instância quase single-player pode ser escolhida para entender o ritmo de progressão e a dificuldade do jogo sem influências externas. Isso evita frustrações, como ir a algum lugar e descobrir que alguém já coletou os recursos necessários ou matou o chefe procurado. Essas considerações são baseadas principalmente nessa abordagem ao jogo.
SERÁ QUE ELE AGUENTA SER ISSO TUDO?
Depois de todo este papiro introdutório, vamos falar sobre o que é exatamente V Rising. É um jogo de sobrevivência, onde você começa como uma pessoa pobre vestida em trapos que morre se um goblin olhar para ela de forma errada. No final, você se torna o governante do mundo, capaz de pulverizar continentes com um estalar de dedos (não literalmente).
O título tenta ser muitas coisas diferentes em um mesmo produto e consegue fazer todas incrivelmente bem. Mas, em sua essência, ele se encontra em um mundo PvP e PvE com o mesmo ciclo de gameplay de algo como Rust. Jogaremos em um mundo ou servidor com outros jogadores e, através de elementos do gênero básico de sobrevivência, avançaremos nossa progressão e construiremos nosso castelo de vampiro.
Através de chefes encontrados no mundo, avançaremos nossa tecnologia, tendo cada vez mais opções em todos os aspectos do jogo. E, como em Rust, eventualmente teremos a possibilidade de sitiar castelos inimigos com a intenção de roubar seus tesouros. Em servidores ainda mais intensos, será possível destruir seus castelos completamente.
Isso também ocorre em V Rising: nosso vampiro, forçado a se esconder junto com muitos de seus colegas após os guerreiros da luz derrotarem Drácula, desperta de um sono secular pronto para reivindicar seu lugar no mundo.
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SENSAÇÃO DE SOBREVIVÊNCIA?
Outro componente importante da sobrevivência é aquele que envolve a coleta de recursos através dos quais se criam gradualmente armas, equipamentos e estruturas cada vez mais complexas. Até mesmo os vampiros de Vardoran terão que, de tempos em tempos, se redescobrir como lenhadores e mineiros. Alternativamente, podem enviar servos para fazer isso. No entanto, suas expedições levam várias horas e, portanto, são uma solução muito impraticável em um jogo local.
Deve-se dizer que, em comparação a dois anos atrás, quando o jogo entrou em Acesso Antecipado, foram dados passos para tornar o procedimento de coleta de materiais e os “impostos” associados a isso menos onerosos. Isso é particularmente notável na primeira metade do jogo.
A sensação é que os chefes foram facilitados, acelerando assim a progressão e tornando menos provável a morte contra eles e o desgaste relacionado aos equipamentos. Além disso, a introdução das Incursões, eventos temporizados que nos permitirão coletar Cristais Estigianos, ajuda bastante. Estes podem ser usados para desbloquear habilidades passivas ou para invocar inimigos que deixarão grandes quantidades de materiais. Essa nova possibilidade acelera a pesquisa tecnológica em particular.
O DIA E A NOITE
O jogo trabalha com os conceitos de dia e noite no cenário. Como vampiro, é claro que você explorará melhor o mapa durante a noite; se por acaso se ver pego durante o dia, cuidado com o sol. Isso traz formas diferentes de como é possível explorar o mundo de V Rising, levando em consideração o horário.
Nesse aspecto, os gráficos do jogo em si são comparáveis ao que podemos encontrar em títulos como Warcraft III. Nada muito detalhado, que exija uma máquina superpoderosa para rodar o título, e mesmo assim o FSR ajuda a empurrar alguns frames a mais em máquinas menos potentes.
EXPLORAÇÃO RELATIVAMENTE CANSATIVA
Andar pelo mapa do jogo, pelo menos o inicial, é até divertido no começo, mas chega um determinado ponto que se torna cansativo, principalmente quando se está jogando em modo solo. Assim como outros títulos de sobrevivência, como State of Decay, o brilho de V Rising se dá quando se joga com amigos ou companheiros para fazer missões.
Fora isso, é um jogo que requer paciência para explorar e achar inimigos e itens para conseguir evoluir no jogo e depois seguir adiante na história. Se você não é muito fã deste estilo, certamente vai se cansar rapidamente do título.
CONCLUSÃO SOBRE V RISING
V Rising foi lançado oficialmente no dia 08/05/2024 no Steam e em breve sairá uma versão também para o PlayStation 5. É um título que vale algumas horas de diversão que você pode jogar com seus amigos. E uma coisa boa: ele está completamente traduzido para o português!
Agora, o preço ainda está um pouco salgado para um indie. Aí é esperar uma promoção numa Steam Sale da vida.
A COMUNIDADE MEGA DRIVE RECEBEU UMA KEY PARA FAZER O REVIEW DO JOGO.