E finalmente fomos agraciados com o lançamento da sequência de um dos games mais belos da geração passada, o Hellblade. Sim, esta continuação com certeza se superou em muitos aspectos técnicos com relação ao primeiro game, mas o seu visual com certeza é algo nunca visto em nenhum game até hoje.
Senua’s Saga: Hellblade II está graficamente muito à frente de qualquer jogo já feito até hoje, principalmente no que se trata de expressões faciais dos personagens.
É incrível o realismo mostrado no game. Sinceramente eu acredito que este seja de fato o primeiro jogo que valide a nova geração dos consoles.
Belo e realista.
Utilizando-se da Unreal Engine, a equipe da Ninja Theory conseguiu uma qualidade gráfica muito além do primeiro Hellblade, que em 2017 já era estonteantemente bonito.
Tanto nas cutscenes onde há diálogos entre Senua e seus companheiros, ou mesmo in game, você já tem a impressão de estar assistindo a um filme do que jogando videogame.
Não serei hipócrita em dizer que adoro esse tipo de gameplay cinematográfica que foi adotada nas maiores franquias de jogos Triple A, mas admito que em determinadas aventuras, contar a história acaba se tornando o objetivo central, tipo como era a gente jogar títulos em Point and Click, a exemplo do Full Throttle entre vários outros. Claro que não estou dizendo que Hellblade é um jogo point and click, mas sim a ideia da trama ser mais ressaltada que a própria ação.
Inclusive a franquia de A Plague Tale que joguei recentemente a segunda parte A Plague Tale: Requiem também sinto um pouco desse sentimento na sua gameplay.
Gameplay.
O jogo começa com Senua sendo trazida como prisioneira em um navio viking, porém, tudo fazia parte do seus planos ser capturada, para assim poder encontrar e libertar outras pessoas do seu povo que foram presos e estão mantidos como escravos por Thórgester, filho do Rei Viking mas, o navio é atingido por uma onda e acaba naufragando. Senua consegue nadar até a praia onde começa de fato a gameplay.
Hellblade II mantem praticamente o mesmo esquema do seu antecessor, onde ao longo da jornada, Senua precisa decifrar enigmas, que na maioria das vezes se resume a identificar símbolos escondidos no cenário usando o foco. Lembrando que a nossa protagonista sofre de esquizofrenia e psicose, e ao logo de toda aventura ela fica ouvindo vozes, e tendo visões, já que a sua percepção é mesclada entre a realidade e as visões.
É notável que em Hellblade II você tem mais lutas que no primeiro episódio. Logo na praia você já é surpreendido pelos vikings e já precisa fatiar os caba hehehe. Os embates acontecem com muito mais frequência, porém, tem um detalhe que senti falta, e até me incomodou. As lutas são todas 1×1, não enfrentamos mais 2 ou 3 inimigos ao mesmo tempo infelizmente, e apesar das lutas terem ficado muito mais próxima da realidade, um outro contra do jogo é a pequena variedade de inimigos que a nossa guerreira picta enfrentará durante a sua jornada.
Outra coisa que eu não curti muito foi o enquadramento da câmera na hora das lutas. Acho que ela ficou muito próxima e isso acaba dificultando um pouco nas lutas, principalmente para se esquivar de ataques a meia distância.
A luta pelos seus…
Ferida e cansada de tanto nadar, Senua procura por sobreviventes nos destroços das embarcações ainda no primeiro ato, mas infelizmente ela se depara apenas com morte. E após lutar com alguns homens, logo encontramos Thorgester, o escravagista que liderava o navio onde Senua estava. Eles travam uma luta, que termina com a vitória de Senua, que resolve poupar a sua vida, fazendo-o prisioneiro.
Preso e ferido, Thorgester revela que esses escravos estavam na verdade sendo sacrificados em um tipo de ritual, como oferendas aos gigantes a mando do seu pai, que é o líder dos vikings, e que tudo isso era na esperança de terem as suas vidas e a do seu povo poupados da ira desses gigantes.
Particularmente, eu achei a trama do primeiro Hellblade um pouco mais emocionante, não que está seja ruim, só achei que ficou algo um pouco “clichê” demais, isso levando em consideração a estória do game anterior.
Como eu não quero dar spoilers, caso você ainda não tenha jogado Hellblade 2, este review será apenas das minhas impressões quanto ao game em si.
Conclusão.
Senua’s Saga: Hellblade II é o jogo mais bonito que eu vi e joguei nesta geração atual dos consoles. Nenhum outro game entrega o seu nível de realismo, seja em ambientação de todos os lugares que Senua passa durante a sua jornada, ou principalmente se analisarmos as expressões faciais dos personagens, onde alguém que que não jogue videogame pode facilmente confundir a gameplay de Hellblade 2 com um filme.
Para uma imersão completa, recomendado que você jogue com fones de ouvidos, preferência 7.1 ou 5.1.
A qualidade do som em modo binaural é fantástica, fazendo com que você consiga ouvir todas as vozes, sons da natureza e efeitos, passando pelos seus ouvidos, isso certamente te faz mergulhar ainda mais na confusão que é a cabeça da Senua.
Eu recomendo muito a experiencia de Hellblade II, mas não o jogue esperando a mesma ação de jogos como “Devil May Cry” ou “God of Wars”, pois você pode se decepcionar. Inclusive recomendo que jogue o primeiro game antes começá-lo, mas se você jogou com certeza vai gostar da segunda parte da saga.
Este é o tipo jogo para se apreciar uma boa estória, se deliciando com as paisagens que são vistas durante a longa caminhada da Senua (e põe longa nisso rsrs), mas isso é compensado pelos seus gráficos estonteantes.
Lembrando que os dois jogos estão disponíveis no catálogo da Game Pass, e ambos podem ser jogados também em nuvem pela XCloud, para o caso de você não ter um Xbox Series S/X, pode jogá-lo por um Xbox One, PC, celular e etc.
Então não perca tempo e mergulhe sem medo nesse drama que é Senua’s Saga: Hellblade II.
Bom divertimento!
