Instalei, joguei e, sinceramente, Last Hope Bunker: Zombie Survival não foi um jogo muito do meu agrado. Talvez por sua visão isométrica, talvez por sua dificuldade pouco imersiva, este título não foi um dos melhores de 2024.
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A temática de sobrevivência é algo que atrai muito a minha atenção, tanto é que um dos títulos que mais joguei no Xbox One quando o adquiri foi State of Decay 2, e até hoje é um dos jogos que mais curti.
Quando se cria algo do gênero de sobrevivência interessante, fico logo vidrado e um teste de uma hora já vira uma jogatina de cinco, seis, sete ou até dez horas em menos de três dias. No entanto, este não foi o caso com Last Hope Bunker: Zombie Survival. Apesar de suas promessas, o jogo não conseguiu me prender da mesma forma. As mecânicas pareciam repetitivas e a dificuldade, em vez de desafiadora, se tornou frustrante. Além disso, a falta de uma narrativa envolvente me fez perder o interesse rapidamente.
Geralmente, um bom jogo de sobrevivência me faz sentir a urgência e a tensão da situação, mas aqui, essas emoções estavam ausentes. Espero que futuros updates possam melhorar a experiência, pois o potencial está lá, só não foi bem executado desta vez. Em comparação com outros títulos do gênero, Last Hope Bunker fica aquém das expectativas, deixando-me ansioso por uma experiência mais envolvente e cativante.
LAST HOPE é a última esperança, mas em diversão
O título te coloca na pele de um sobrevivente que precisa encontrar sua filha, mas para que possamos alcançar esse objetivo, precisaremos da ajuda de NPCs para fortalecer o bunker no qual nos encontramos.
E assim, com missões sucedidas, ou assim espero que seja, o jogador vai avançando até cumprir o seu objetivo final, ou assim anseio que aconteça. Pelo fato do jogo não ter uma curva de dificuldade mais generosa — além de um controle ruim —, não deu para seguir muito em frente nesta questão.
Na verdade, a jogabilidade não é das melhores, especialmente no que diz respeito a matar os zumbis de forma satisfatória. Existem jogos em que a visão isométrica funciona bem, mas este não é o caso. A implementação não foi bem trabalhada e, às vezes, até atrapalha na hora de mirar ou se esconder. A falta de precisão nos controles e a câmera mal posicionada tornam a experiência frustrante, minando a imersão que um jogo de sobrevivência deveria proporcionar.
Ou o meu mouse é muito sensível ou estou ruim de mira
Minha primeira e maior reclamação está no fato de não haver uma boa colaboração entre o controle do mouse e a mira. Jogos isométricos tendem a ter uma mira um tanto quanto imprecisa e, aqui, infelizmente, seria necessário a ajuda de um auto-aim para diminuir o problema.
Às vezes, quando eu percorria o mapa agachado, de alguma forma, algum zumbi conseguia me achar e, pimba, outros tantos companheiros mortos-vivos apareciam para devorar o meu personagem. E quando isso acontece… você volta para a base principal, com muitos itens a menos.
Uma coisa é você ter uma tela de Game Over em um jogo que te ensina a jogar bem, outra é você morrer por falhas de um jogo que precisa de um refinamento melhor. E assim, a diversão só diminuía.
O jogo falha em proporcionar uma experiência justa e recompensadora. A falta de um sistema de progressão coerente e a penalização severa por falhas que nem sempre são culpa do jogador acabam por frustrar mais do que desafiar. A ausência de um tutorial adequado que explique as mecânicas básicas e a estratégia para sobreviver também contribui para a curva de aprendizado íngreme e injusta.
Por outro lado, o jogo poderia brilhar com alguns ajustes. Melhorias na interface de usuário, controles mais precisos, e um sistema de mira mais eficiente poderiam transformar a experiência. Além disso, uma revisão no design dos inimigos, para que não sejam tão imprevisíveis e injustos, ajudaria a manter o jogador engajado.
Vamos tentar terminar a primeira missão
Quando estava próximo de terminar a primeira missão, que era restaurar a energia do bunker onde o personagem e seus amigos se encontram, acabei morrendo numa onda zumbi, onde errei os tiros e voltei ao mapa quase completo.
Mesmo com um waypoint que permitia cortar pelo menos 2/3 da distância, seguir no mapa matando os mesmos zumbis, perdendo munição e sem filtro de oxigênio não foi algo atraente para me fazer continuar. Na verdade, isso foi um vislumbre de como seria o resto do jogo.
Então, ali parei e não continuei mais.
Conclusão
Last Hope Bunker: Zombie Survival tem um potencial desperdiçado por erros bobos. Quem sabe quando atualizarem mais e corrigirem a jogabilidade, eu dê uma segunda chance. Até lá, não dá para indicar este jogo.
A COMUNIDADE MEGA DRIVE RECEBEU UMA KEY DESTE JOGO PARA REVIEW.