Thyria, um jogo com uma temática interessante sobre os sonhos e de como eles podem corroer as pessoas. Neste jogo temos exploração e um esquema de luta por turno não muito complicado, mas pouco aprofundado.
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Você controla a personagem principal de mesmo nome. Ela é uma feiticeira que tem o poder de explorar os pesadelos das pessoas e, com isso, poder ajudá-las a tirar algum fardo ou problema que as toca no seu cerne.
Explorando o âmago das pessoas em Thyria
Quando se fala em sonhos, sempre se imagina em temas bem complexos sobre a questão, pois assim o são. Cada sonho é um mundo particular para cada pessoa e sabemos o quão tresloucados podem ser estes sonhos.
Em Thyria, apesar da temática ser esta, não temos lá um bom aprofundamento sobre a questão. Basicamente temos de entrar na mente das pessoas com problemas e exploramos o local em mundos variados, mas sem algo que torne cada local único.
Basicamente na exploração precisamos derrotar inimigos que, por um momento tem um design interessante, eles não são, o que podemos assim dizer, algo aterrorizante de fato. E a própria exploração em si ainda não está das melhores, considerando que o jogo ainda está em Early Access.
O gráfico não tão lúdico
Apesar do jogo estar rodando em Unity, Thyria não apresenta uma qualidade gráfica que o torne um jogo memorável. Na verdade, existem títulos mais antigos que fazem um trabalho melhor, como Bastion e Transistor.
Mesmo assim, os desenhos utilizados no jogo muito me lembram os títulos de RPG que rolavam nos anos de 1990 nos PC, trazendo um certo charme nostálgico para o jogo, mas que não é desculpa para a pouca inspiração que temos aqui.
Os sons da mente
Jogos de RPG e com uma temática profunda como a mente humana sempre me traz uma vivaz memória de títulos como Nights into Dreams, Chrono Cross e Shining Force. As trilhas sonoras precisam ser melodiosas e dramáticas no tempo certo, mas não é o caso aqui neste título.
O trabalho está bem conciso, mas não mais do que isso. Do tempo de jogo que tomei, depois de uns 50 minutos, não havia nada memorável dentro do que foi tocado no título que me fizesse dizer: esta é uma trilha do Thyria, infelizmente.
Poderia ser mais…
Nos finalmente, Thyria é um jogo que tem um bom pretexto histórico e que pode melhorar até chegar a sua versão final. Mas se a entrega for esta, espero que uma possível continuação a produtora possa fazer mais.
Se a empresa seguir o exemplo da SuperGiant e vier a criar títulos arrebatadores como Bastion e Transistor, onde se tem uma trilha sonora mais que perfeita, gráficos belos e uma jogabilidade ímpar, quem sabe no futuro um Thyria 2 poderá ficar memorável, mas este atual está bem a desejar.
As vezes, jogos de RPG não precisam ser tão complicados com sistemas de turno que demoram para serem entendidos ou que só evoluem com o tempo. As vezes o jogador quer encontrar-se no jogo sem a necessidade de tutorial e, principalmente, com um desafio a altura.
Thyria se encontra atualmente no Steam.
A Comunidade Mega Drive recebeu uma chave para review do jogo.