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Phantasy Star II: Um marco, para minha pessoa!

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Phantasy Star II

Muitos afirmam ter se apaixonado por RPGs com Final Fantasy VII, aprendendo inglês com o dicionário na mão – o que eu duvido muito. No meu caso, foram dois momentos marcantes: AD&D em 1994 e Phantasy Star II em 1997!

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Phantasy Star? Tá de sacanagem né?

Nenhum pouco. Na época que mais joguei videogame, no início dos anos 90, nenhum RPG passou em minhas mãos. No máximo, joguei The Legend of Zelda – A Link to The Past, que é um jogo de aventura.

Imagem: Capa americana / brasileira do jogo

E os RPGs, por si só, precisavam de algum nível de inglês para um melhor entendimento. O que eu aprendi na escola naquela época não me dava condições de seguir em frente.

Claro que poderia seguir usando algum detonado, mas se existiam, eu nunca cheguei a ver um. Então jogos como Breath of Fire, Chrono Trigger ou Final Fantasy me passaram batido, pois os textos em inglês impediam a jogatina.

Nesse meio tempo, acabei conhecendo AD&D e formando com os amigos de prédio um grupo que durou uns sólidos três anos, entre 1994 até meados de 1997. Jogávamos a nossa aventura no mundo do livro.

Foi nesse momento que o RPG ficou mais interessante para mim. Eu conhecia um pouco dessa palavra porque uma revista de videogame falou sobre isso e, também, porque tinha propaganda do Phantasy Star para o Master System.

Imagem: Foi na Revista Videogame 7 que eu aprendi sobre o termo RPG.

Mas foi em 1997, com o advento dos emuladores, que eu pude jogar o meu primeiro RPG de fato: Phantasy Star II em português traduzido pela Tectoy.

E foi aí que a magia aconteceu.

A história me prendeu do início ao fim. A jogabilidade era desafiadora, mas recompensadora. E os personagens eram memoráveis.

Phantasy Star II me abriu as portas para o mundo dos RPGs. E desde então, sou um fã incondicional do gênero.

E o que é o Phantasy Star II?

Imagem: Capa da versão japonesa do jogo

Phantasy Star II é a sequência do aclamado, Phantasy Star que foi originalmente lançado para o Master Sytem e recebeu, depois uma versão para o Mega Drive. E a história do jogo segue abaixo:

Mil anos se passaram desde os eventos do primeiro jogo. O sistema estelar Algo (anteriormente Algol) prosperou sob o cuidado de um gigantesco computador autônomo chamado Cérebro Mãe.

O Cérebro Mãe terraformou o planeta deserto de Mota (anteriormente Motavia), transformando-o em uma utopia exuberante e vibrante. Ele controla a torre Climatrol, que regula o clima do planeta.

Sob o governo aparentemente benevolente do Cérebro Mãe, o povo de Algo teve todas as suas necessidades atendidas, mas como resultado se tornou fraco e letárgico. Eles passaram a reverenciar o Cérebro Mãe e se tornaram completamente dependentes dele, mas ninguém sabe onde ou o que realmente é.

Dois anos antes dos eventos do jogo, experimentos no Laboratório de Biossistemas em Mota resultaram na criação de “biomonstros”, animais biologicamente modificados e hostis aos humanos.

Embora o laboratório tenha sido fechado, biomonstros ainda vagam pela terra, e uma classe de mercenários conhecidos como Caçadores se formou para combatê-los.

O agente do governo Rolf é atormentado por um pesadelo recorrente no qual vê uma jovem lutando contra um grande demônio (Alis lutando contra Dark Falz no primeiro Phantasy Star) e ele é incapaz de ajudar.

Rolf é designado para investigar o recente aumento de biomonstros. A acompanhando em sua jornada está a garota “numan” Nei, resultado de experimentos com genes humanos e de biomonstros, a quem ele considera uma irmã.

E foi neste cenário que eu realmente passei a me envolver com as desventuras do pessoal do Sistema Algol e sua luta contra o mal.

E porque ele te marcou?

O jogo foi marcante por vários motivos. Primeiro, foi um dos poucos títulos que eu joguei traduzidos para o português na época, o que me proporcionou uma experiência muito mais imersiva. A história era envolvente e os personagens eram bem desenvolvidos, o que me fez criar um forte vínculo com eles.

Sonhos que atormentam o personagem principal

Outro aspecto que me marcou foi a mistura de fantasia e ficção científica, dois gêneros que eu sempre gostei. A ambientação era única e os gráficos, mesmo para a época, eram impressionantes. A trilha sonora também era excelente e contribuía para a atmosfera épica do jogo.

Phantasy Star II é um jogo desafiador, e isso era algo que eu apreciava. As batalhas eram estratégicas e exigia planejamento e raciocínio rápido. Morrer era comum, mas isso só me motivava a tentar novamente e superar os obstáculos.

Um dos momentos mais marcantes do jogo foi a morte de Nei, uma das personagens principais. Foi uma cena inesperada e que me emocionou profundamente. A morte de Nei me fez questionar a natureza da vida e da morte, e me fez perceber que os RPGs podem ser jogos com histórias complexas e temas maduros.

Phantasy Star II foi um jogo que me influenciou muito como jogador. Me ensinou a importância da perseverança, da estratégia e da capacidade de lidar com a perda. Também me ensinou que os RPGs podem ser jogos com histórias emocionantes e que podem nos fazer refletir sobre a vida.

E nem vou comparar o jogo com outros títulos a não ser aqueles da mesma época dele, acredito que o Final Fantasy III estaria no meio? Dragon Quest? Enfim, estas são duas outras grandes obras em seus próprios espaços.

Um marco

A obra de RPG da SEGA me deu a chance de conhecer este universo e me apaixonar por ele. Claro que o jogo em si não é perfeito, mas, com o tempo, a SEGA foi aprendendo e aprimorando a série até chegar em Phantasy Star: The End of Millennium.

Uma das antagonistas do jogo

Apesar de seus pontos baixos, Phantasy Star II ainda é um ótimo jogo a ser explorado por aqueles que não o conhecem. A história é envolvente, os personagens são memoráveis e a jogabilidade, apesar de desafiadora, é recompensadora.

Acredito que, um dia, a SEGA volte a trabalhar com a franquia, mas não em forma de RPG online – que faz sucesso, mas não me interessa tanto – mas sim nas obras originais, pois elas merecem.

É triste que Phantasy Star II completou 35 anos agora no dia 21/03/2024 e poucos vão se lembrar disso. Parabéns à SEGA pelo seu trabalho na criação deste jogo marcante!

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