Antes de começar o texto sobre do porquê precisamos explorar as bibliotecas dos consoles, vou, primeiro, dar os devidos números da quantidade de jogos lançados para os consoles da terceira, quarta e quinta geração e destes, os mais importantes.
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- NES: 1391
- Master System: 318
- Game Boy: 1041
- Game Gear: 366
- TurboGrafx-16: 678
- Mega Drive: 880
- Super Nintendo: 1751
- Neo Geo: 156
- Sega Saturn: 1027
- Sony PlayStation: 4105
- Nintendo 64: 388
- Game Boy Color: 916
Total de jogos: 13017
Em três gerações de videogames, foram produzidos 13.017 títulos, sem considerar os ports para diversas plataformas. A ideia de ter mais de 10.000 títulos disponíveis é extremamente espantosa.
Apesar dessa ampla disponibilidade, observa-se uma preferência pelos grandes clássicos do NES, Master System, Mega Drive, Super Nintendo, Sega Saturn e do PSX.
Não estou aqui dizendo que esses títulos não são importantes; muito pelo contrário, eles fazem parte da história desses consoles, e muitos jogadores/consumidores os veem como os PRINCIPAIS títulos desses sistemas.
Super Mario Bros, Alex Kidd in Miracle World, Sonic The Hedgehog, Streets of Rage, Super Mario World, Virtua Fighter, Final Fantasy VII são alguns dos títulos louvados ao ponto de serem endeusados por um grande público retrô, muitas vezes limitando-se ao Top 10 ou, no máximo, Top 20 dessas plataformas.
Antigamente, nas décadas de 1980, 1990 e início dos anos 2000, era realmente complicado conhecer a biblioteca desses sistemas. Com a vinda da emulação, a forma de jogar videogame mudou para melhor.
Antes, os jogos estavam presos para serem jogados apenas naquele console para o qual foram projetados, e dificilmente seriam portados para outro sistema, muito porque eram exclusivos do sistema Mega Drive, Super Nintendo ou PC Engine.
A emulação democratizou de uma forma única a forma de jogar videogame, primeiramente nos PCs, pois eram as máquinas mais poderosas à época. Nos anos 2000, com o Dreamcast, PlayStation 2, Xbox, os consoles de 16-bit e 8-bit começaram a ser emulados. Chegou a ser vendido um DVD com 4000 jogos de Super Nintendo, NES, Mega Drive e Master System para o PlayStation 2.
Na década seguinte, com o advento dos smartphones, ficou ainda mais democrático conhecer os consoles mais antigos. No entanto, as pessoas frequentemente ficavam nos mesmos jogos que seus irmãos mais velhos, primos, amigos ou até eles mesmos jogavam.
Algum tempo depois, surgiram os Everdrive e, agora, era possível jogar todos os títulos do NES, Master, Mega ou Super no console, usando um cartucho com um flashcard embutido. Mas, parece que as pessoas ainda relutam em explorar tudo que um console tem a oferecer.
Ainda compartilho jogos de Mega Drive, Super Nintendo, NES que as pessoas desconhecem completamente. No entanto, fiquei surpreso ao postar uma imagem do Sonic Adventure em uma rede social e ter pessoas da minha idade perguntando que jogo era aquele.
Há gigantescas bibliotecas a serem exploradas, mas, infelizmente, as pessoas sempre ficam no mais do mesmo. E tem algo ainda pior nisso tudo, as pessoas, além de não explorarem os diversos jogos que têm em suas fullsets, ainda dizem: “não tenho nada para jogar.”
É necessário uma reeducação por parte dos jogadores. Temos um mundo de facilidade em nossas mãos, e não aproveitamos isso. Devemos aproveitar enquanto podemos, pois somos aquela geração que teve um contato maior com os videogames da década de 1980/1990 e devemos indicar os títulos que gostamos para as demais pessoas.
Claro que aqui tem a questão do gosto pessoal que é extremamente relevante, não podemos, e nem devemos forçar os nossos gostos pessoais para outrem. Mas, novamente, explorar a biblioteca dos sistemas é essencial.
O momento está cada vez mais democrático para se jogar videogame, então vamos aproveitar! Chega de ficar apenas em Mario e Sonic!
