O produtor de Final Fantasy XVI, Naoki Yoshida, acredita que em breve veremos o fim dos consoles de mesa e a ascensão dos serviços em nuvem. O profissional da Square Enix afirma que enxerga um futuro onde os jogadores estarão unidos em uma só plataforma.
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Segundo o próprio Yoshida para a Exputer, estamos a poucos passos de não haver mais títulos exclusivos em um dispositivo – bastando assinar um serviço para acessar a sua biblioteca e ter milhares de experiências à sua disposição.
Ele afirma que, assim, a “guerra dos consoles” terminará e que a paixão pelas obras tomará conta do mercado. Yoshida também revela que a geração atual já devia funcionar desta forma, mas que a pandemia de COVID-19 interferiu e atrasou este processo.
Para o produtor de Final Fantasy XVI, teremos só mais uma geração de videogames e, durante o período de dez anos, a transição do mercado para a nuvem estará completa – removendo a necessidade de ter um dispositivo físico único para acessar determinados games.
A proposta não é apenas facilitar o acesso aos jogadores, que poderiam ter diversos games diferentes sem ter de comprar um videogame, mas também os criadores. Se uma determinada experiência foi lançada na nuvem, pouparia esforços e recursos dos estúdios em otimização para diversos tipos de hardware.
Final Fantasy XVI na nuvem
A proposta de Naoki Yoshida é que jogos como Final Fantasy XVI, Starfield, Marvel’s Spider-Man 2, The Legend of Zelda e diversos outros estejam acessíveis em apenas um espaço – que poderiam ser acessados na sua TV, dispositivo móvel ou qualquer outro aparelho, da mesma forma como vemos o xCloud.
Essa é uma discussão antiga, que data da popularização de plataformas de streaming como a Netflix e Amazon Prime Video. Porém, muito se debate outras questões no meio disso, como o mercado de mídias físicas e a resistência da Nintendo – por exemplo – em adotar este tipo de medidas para atingir mais pessoas.
O que o produtor de Final Fantasy XVI não considera é o alto valor que os consoles de mesa atingem – com vendas recordes do Nintendo Switch e do PlayStation 5 confirmando que ainda é um formato muito lucrativo para as fabricantes.
Fonte: Adrenaline