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Dave The Diver | PC

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dave the diver

Existem títulos que descobrimos por acaso e nos interessamos imediatamente em conhecê-los, e um desses casos foi Dave the Diver.

Há algum tempo, assisti ao trailer do jogo no YouTube, cerca de dois meses atrás, e fiquei intrigado com ele. O vídeo mostrava um jogo que misturava pesca submarina com a gestão de um restaurante, o que me atraiu imediatamente.

Segue abaixo o trailer em questão:

Era algo diferente, algo interessante, algo que valia a pena explorar. Mas não tive tempo para comprar o jogo e jogá-lo, então o deixei de lado. Até que ele foi mencionado novamente, desta vez como um dos finalistas no TGA 2023.

Então reservei um pouco do meu tempo – ou na verdade muito – e adquiri o título. Agora, vamos a uma breve análise de Dave The Diver com base no tempo que passei jogando.

Muito mais que um jogo de pesca

No início, o jogo dá a impressão de que você estará apenas controlando Dave, um personagem afável e extremamente simpático, para gerenciar um restaurante e realizar pesca submarina com ele.

Dave the Diver
Ahhh, vai ser só um jogo relaxante!

Nos primeiros trinta minutos do jogo, é exatamente isso que acontece. Porém, à medida que avança, o jogo começa a revelar camadas mais profundas. Essa é a primeira característica ‘secreta’ de Dave the Diver: ele entrega mais do que promete.

Em pouco tempo, o jogador se depara com uma infinidade de eventos, elementos e outras tarefas para realizar, e se não souber administrar, corre o risco de se perder.

Dave the Diver

Isso demonstra o excelente planejamento do título nesse aspecto. Não existe uma maneira única de avançar na história do jogo; o foco está em lidar com os desafios que ele apresenta ao longo da experiência de jogo.

O Casamento do 2D com o 3D

Além de uma progressão de história interessante – afinal, um jogo de pesca e gerenciamento de restaurante com história é algo singular – outro ponto extremamente notável para um jogo independente é o trabalho magnífico realizado pelos desenvolvedores da Mintrocket com a Unity.

O jogo apresenta uma fusão harmoniosa entre gráficos 2D para os personagens humanos e gráficos 3D para o ambiente, cenários e os elementos pesqueiros, como os peixes.

Dave the Diver
A mistura perfeita do 2D com o 3D.

O cenário marítimo é um espetáculo à parte no que diz respeito ao trabalho de design realizado pela empresa. Há uma profusão de detalhes a serem observados durante o jogo, exigindo que o jogador tenha olhos de águia para alcançar certos objetivos.

Além disso, o fundo do oceano se transforma a cada mergulho, e o cuidado dedicado a ele, tanto durante os mergulhos diurnos quanto nos noturnos, revela o empenho apaixonado da Mintrocket em seu desenvolvimento.

A exploração marítima

A abordagem da exploração marítima é bastante lenta, em linha com muitos outros jogos que empregam esse tipo de cenário em sua jogabilidade, e isso não é necessariamente ruim.

Nesse contexto, a exploração nunca se torna excessivamente punitiva. Na verdade, os upgrades implementados durante o jogo são destinados a incentivar ainda mais a exploração do oceano.

Dave the Diver
Explorando o oceano

Antes, um mergulho que durava apenas uns cinco ou seis minutos, de repente, se torna numa aventura submarina de quarenta minutos ou mais, e o jogador mal percebia o tempo passar.

É impressionante como o jogo incentiva o jogador a passar mais tempo debaixo d’água, explorando cada canto do oceano. Isso sem mencionar as batalhas contra chefões — sim, você, um simples pescador, enfrenta seres marinhos gigantescos!

Múltiplos estilos

Além de desempenhar o papel de pescador e dono de restaurante, você se transforma em um verdadeiro explorador na região do planeta onde se passa o jogo.

Tem jogo de ritmo!

De repente, você se encontra trabalhando ao lado de um arqueólogo, explorando a mitologia de uma antiga civilização que habitava aquela região milhares de anos atrás. É nesse momento que uma série de minijogos são desencadeados.

Além disso, existem outros minijogos incorporados ao gerenciamento do restaurante, missões, sidequests e uma variedade de elementos comuns em outros jogos.

Imagino o desafio que foi programar esse jogo para integrar tantos elementos sem sobrecarregar o título, mas que funcionam de maneira natural e coesa como um todo.

E corrida de cavalo marinho

Um dos momentos que mais me surpreendeu foi uma missão em que você se transforma em um espião, com uma homenagem notável a Metal Gear Solid. Confesso que até sorri nesse momento.

Sons naturais e trilha gostosa demais

Dave the Diver traz uma trilha sonora bem típica de algo que se passa do mar, numa praia. O mais bacana é que o estilo da música lembra bastante a forma como jogos de 8-bit e 16-bit tocavam suas músicas, não é chiptune, mas sim a repetição delas, tornando-as devidamente memoráveis.

Além disso, os sons de ambientação do jogo proporcionam uma imersão muito boa. A escolha dos efeitos sonoros foi bem pensada aqui, lembrando experiências semelhantes vistas em ‘Subnautica’, ‘Abzû’ e ‘Depth’.

Conclusão

Dave the Diver é um jogo extremamente divertido. Para as pessoas que são fãs de títulos de gerenciamento, como ‘Theme Hospital’, ‘Two Point Hospital’, ‘RollerCoaster Tycoon’ ou ‘SimCity’, que apresentam uma surpresa a mais além do seu tema principal, como StarDew Valley, Coral Island ou The Iron Oath,  vai achar muito bacana Dave The Diver.

Sendo bem sincero, a grande surpresa que tive ao jogar este título, que me prendeu por horas a ponto de não ter parado para fazer um review, foi gigantesca.

Um dos motivos do jogo ter me prendido tanto.

Acredito que foi um dos jogos mais divertidos e surpreendentes que eu acabei pegando agora em 2023 e que, junto com Stardew Valley, Life is Strange, DOOM (2016), Mass Effect, Dead Space, Half-Life 2, The Legend of Zelda: Breath of the Wild, Bioshock, Portal 2, Super Mario Galaxy, Knights of the Old Republic e Silent Hill 3, é, para mim, sem sombra de dúvidas um dos melhores títulos que eu joguei nos últimos 20 anos!

Dave the Diver é encontrado atualmente para PC e para Nintendo Switch.

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