Estava pensando enquanto filosofava no meu trono, no qual muitos de nós passam alguns minutos, ou até mesmo vários, e se não levam um celular para passar o tempo, acabam lendo qualquer coisa, como a parte de trás do shampoo. Bem, mas isso não vem ao caso. A questão é que, neste período curto – ou longo, vou deixar vocês imaginando -, fiquei pensando: o que nos faz continuar a jogar videogame (ainda)?
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Não vou presumir que conheço o planeta inteiro, muito menos que conheço de fato todos os muitos amigos que tenho. No entanto, vou compartilhar brevemente minha própria experiência nesta existência tão limitada que possuo.
Por que?
A resposta mais honesta que posso oferecer é: Não faço a menor ideia. Seria a coisa mais sincera que eu poderia expressar aqui, embora, se for apenas isso, talvez o texto em si não precisasse ser digitado, não é mesmo?
Acredito que muitos aqui nesta rede social (Texto original feito no Alvanista), mesmo que moribunda, mas que nos trouxe anos de alegria, assim como a mim, devem essa paixão pelos jogos eletrônicos a parentes, primos ou amigos próximos. Foi algo nesses pixels se movendo na tela que capturou a nossa atenção. Nossos cérebros enlouqueceram, e nossos corações foram cativados.
Assim como em um filme, seriado ou novela, sempre queremos saber o que vai acontecer nas próximas cenas, e acredito que o mesmo se aplica aos jogos eletrônicos. Sejam eles com história ou não, como um jogo de esporte, a atração pela curiosidade do que virá a seguir desempenha um papel significativo na nossa motivação para jogar videogame.
Qual será o próximo grande jogo? Será que, desta vez, vão colocar o Mario com uma escopeta e a Amy vai, de fato, pegar o Sonic? Qual jogo indie se destacará perante os triplos A e se tornará o novo queridinho dos gamers até o final do ano?
O desejo de descobrir o que acontecerá a seguir é uma curiosidade inata do ser humano e, para mim, é um dos principais motivos pelos quais ainda jogo videogame.
Aprender
Para mim, com base na minha vivência, o ato de jogar videogame não se resume apenas ao prazer de eliminar demônios em DOOM, conquistar o coração das cidadãs de Stardew Valley, construir o sistema de metrô perfeito em SimCity 4 ou executar jogadas impecáveis no NFL.
Frequentemente, ao jogar um título, seja ele novo ou retrô, encontro-me pensando em como aquele jogo foi criado, o que suscita em mim o desejo de experimentar diversos estilos para compreender a filosofia por trás de sua criação.
Tenho um profundo entendimento de como os jogos do passado foram criados e presto meu sincero reconhecimento a todos aqueles que trabalharam nos consoles como o NES, Atari 2600, Mega Drive e tantos outros da década de 1980 e 1990. Não faço um julgamento equivocado de que seja muito mais fácil criar jogos atualmente. Cada período teve suas próprias dificuldades únicas.
A experiência de jogar videogame me inspirou a seguir uma carreira na área de TI. Sou apaixonado por aprender sobre a arquitetura dos consoles e entender, mesmo que superficialmente, a programação dos jogos.
Vivenciar
Assim como em muitos livros que já li, onde o autor nos apresenta descrições de cenários, ações dos personagens e nos desafia a imaginar como tudo se desenrola, um jogo tem um efeito semelhante. Isso é particularmente notável quando o personagem que controlamos não fala.
Muitas vezes me vejo assumindo o papel de Samus Aran, Doomguy, Gordon Freeman, os personagens de Bastion, Transistor, Contra: Hard Corps e até mesmo Mario e Sonic.
Aquilo que não podemos vivenciar no mundo real, temos o escapismo do mundo virtual e isso ajuda bastante para desopilar a mente de muitos dos nossos problemas do dia a dia.
O jogar videogame para mim é um hobby que posso não cultivar mais todo dia, mas eu respiro e transpiro videogame sempre que posso. E pelos vai e vem da vida, mesmo que com alguns meses sem jogar, gosto de ser Geek de videogame, assim como sou nerd com a Ficção Científica e com as ciências em geral.
E por estes, e muitos outros motivos, eu ainda jogo videogame.