Talvez, eu digo, talvez, a BGS23, também conhecida como Brasil Game Show, acabou se tornando mais uma desculpa para se encontrar com os amigos do que aproveitar e cobrir o evento de forma apropriada.
E porquê eu digo isso? Bom, é algo bem simples, tirando o dia da imprensa e o último dia, se faz necessário ter um físico de atleta, a paciência de um monge tibetano e a durabilidade de uma pedra para aguentar andar na Brasil Game Show quando o Expo Center Norte está realmente lotado.
Se você quer ir no banheiro, tem fila, quer jogar algo, tem fila, quer respirar, tem fila. De um lado isto é bom para o negócio Brasil Game Show, pois demostra a força que a marca inspira para aqueles que querem ir para o evento, mas, por outro lado, se torna algo cansativo e, até mesmo, chato para aqueles que gastaram uma boa grana para ir ao evento e não poder experimentar aquilo que gostariam de ter experimentado.
Estandes exíguas
Vou logo de cara dizendo que nem estande da SEGA e nem da Nintendo merecem elogios, pelo menos para a minha pessoa. Com exceção da Samsung, Red Dragon, Ubisoft e Genshin Impact, todos os demais estandes ficaram aquém do esperado.
De um lado tínhamos a Nintendo onde a estande era somente para jogar – e muitos títulos já bem velhos -, os brindes? Bem tacanhos, somente uns pôsteres e um conjunto de bonequinhos de plástico – onde um deles que eu peguei veio quebrado.
Não havia sequer um Mario para animar o pessoal nas filas – e se tinha, eu nem vi. O pessoal que estava lá no estande pouco ou nada sabiam dos jogos que estavam do lado, mas eu sei que boa parte dali são pessoas que estão fazendo bicos e que pouco ou nada conhecem sobre jogos eletrônicos.
A da SEGA seguiu o mesmo embalo e, para piorar, trouxe “apenas” 3 marcas de jogos, Sonic, Persona e Like a Dragon (antigo Yakuza), com tantas ips que ainda estão sendo lançadas, assim como a história de amor do Mega Drive e o Brasil, foi algo estranho de não ver nenhum dos dois Mega Drive mini disponíveis para jogatina.
E olha que nem estou citando os jogos que a SEGA da Europa vem lançando e que passaram batido no estande da SEGA.
Na verdade, o maior problema para mim foi é a falta das demais empresas no evento. Cadê a Warner? Cadê a Capcom? A Epic? Sony? Microsoft? Esse pessoal de peso fez uma falta tremenda nesta BGS.
Daí eu volto para a questão do cansaço.
Pés latejando
Bem, aqui vai uma mea culpa, na verdade. Estou sobrepeso então isto não ajuda em questão de condicionamento físico para encarar uma, duas, três horas em pé, caminhando como uma tartaruga num local extremamente apertado.
Mesmo com descansos regulares na Sala de Imprensa, bebendo muita água e uns Monsters para aliviar, o ir e vir dentro da BGS23 foi uma verdadeira loucura. Claro que eu achei bem menos lotado que os de 2018 e 2019, mas, ainda assim, a pessoa que cobre o evento tem de estar extremamente parado para encarar as andadas no local.
Tinha momentos que era preciso parar, pois as pessoas a sua frente, dos seus lados e atrás também estavam parados. E, dependendo do lugar (entre estandes ou pontos de passagem de pavilhão), a situação se tornava ainda pior.
Sem contar, claro, dos banheiros, se você não fosse imprensa, precisava esperar filas dantescas para usar os mesmos e mesmo quem era Imprensa tinha de dividir com os Vips os únicos banheiros no andar de cima.
De uma forma geral, ficou claro que preciso de um melhor condicionamento físico ou precisa ser feito um layout melhor dos estandes para diminuir os locais de engarrafamento nos “piores” dias da BGS.
Outrossim
Claro que tem mais coisas para falar a respeito, como a questão do roubo do airpods do Shota, a apertadíssimo corredor indie, as facadas culinárias e, digo também, até mesmo os convidados internacionais, de um lado melhor que o ano passado, mas ainda aquém se comparado com 2018 e 2019.
E sim, eu não vivo só de reclamação, também tem coisas boas para se falar da BGS23, mas vai ficar para um próximo post. Pois, este, foi para dar um vislumbre geral de como foi o cansaço físico na Brasil Game Show.