A Comunidade Mega Drive indica
Para continuar as comemorações dos 35 anos do Mega Drive, a Comunidade Mega Drive vem agora trazer 35 indicações feitas pelos membros que jogaram (ou ainda jogarão) 35 jogos.
Você ainda pode ler também os 35 jogos que eu (Daniel Gomes) escolhi. É só clicar neste link.
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A escolha dos 35 títulos começou em janeiro de 2023 e, desde então, várias lives foram feitas no nosso canal de YouTube. Muitos dos jogos foram finalizados, zerados, terminados pelos cinco jogadores, outros foram apenas para mostrar os títulos para quem acompanha a Comunidade Mega Drive.
A seguir Alexsandro Lima, Marcelo Pacheco, Julio Chairini, Fabrício Meireles e Daniel Gomes, os cinco pilotos da Comunidade Mega Drive vão sugerir jogos para vocês apreciarem!
E para esclarecer uma questão que pode surgir na cabeça do leitor, estes títulos aqui expostos não representam uma declaração formal da Comunidade Mega Drive dizendo que estes são os melhores jogos do sistema, mas, sim, escolhas individuais, e bem pessoais, de cada piloto.
Alexsandro Lima
Vectorman
Vectorman é um clássico atemporal do Mega Drive que me cativou com a sua ação intensa e seus gráficos incríveis que eu ainda não tinha visto no Megão. Lembro que quando meu irmão alugou eu não esperava muita só de ver a capa, um “hump… robô feito de bolinhas” mas foi só colocar a fita e ligar o Mega para o meu pré julgamento cair por terra. Vectomarn é um jogo que mistura um pouco de plataforma com o melhor do run and gun.
Uma curiosidade que eu pude perceber é que sua história, pelo menos e detalhes, é bastante semelhante com a do filme WALL-E. Em ambos o Planeta Terra encontra-se desolado e caótico por causa da poluição… vale a análise do jogo e do filme.
Como havia dito, Vectorman tem gráficos muito bonitos, e usa sprites modelados em 3D e pré-renderizados. A trilha sonora é outro ponto fortíssimo no jogo, com músicas bem empolgantes no bom e velho estilo de dance music anos 90.
Em 1996 foi lançado uma sequência, o Vectorman 2, esse acabou não fazendo o mesmo sucesso do primeiro, principalmente pelo fato de que os consoles de 32 bits já estarem dominando o cenário gamer da época, mas eu recomendo fortemente que vocês joguem os dois títulos. Vectorman é um tesouro do Mega Drive que vale a pena ser revisitado, ou conhecido por quem não teve oportunidade na época.
Eternal Champions
Todos sabem que sou muito suspeito para falar desse jogo, e mesmo ciente de que ele é considerado um daqueles games obscuros, que muitos amam odiar, Eternal Champions tem um lugar especial na minha humilde lista, hehehe.
Em 1993, mais ou menos no mesmo período em que o Mega Drive recebeu os ports de Street Fighter II C.E. e Mortal Kombat, Eternal Champions também chegara. O lançamento desses jogos mais famosos acabou ofuscando o Eternal Champions, tirando as chances de ser um possível sucesso. No entanto, quando eu aluguei e joguei pela primeira vez, fiquei encantado com seus gráficos. Os sprites eram grandes, bem desenhados, animados e ainda traziam um toque de violência.
Quando vi o primeiro overkill, uma espécie de “fatality” dos cenários, me veio aquele espanto. Fiquei tão empolgado que comecei a tentar fazê-los em todos os outros cenários, e consegui realizar os overkills em 8 de 9 cenários, e tudo isso sem a ajuda de revistas, que eram nossa principal fonte de informação da época. Faltava apenas o overkill no cenário do Slash, que só fui descobrir bem depois jogando no emulador. Foi realmente muita dedicação, para não dizer loucura, rsrs.
Recomendo também que você jogue a versão do SEGA CD (Challenge from the Dark Side), que é muito mais completa e possui uma jogabilidade mais elaborada
The Adventures of Batman & Robin
Esse aqui foi um jogo me cativou por vários motivos:
- É um jogo do Homem-Morcego, meu personagem favorito das histórias em quadrinhos;
- Tem a trilha sonora mais empolgante do Mega Drive, e ainda ouso a dizer dos consoles 16 bits;
- Visual matador, com muitos efeitos de paralax e explosões;
- Um nível de desafio que fez muitos desistirem de jogar ainda na primeira fase.
Tenho muito orgulho de ter dominado este jogo quase imediatamente. Na época em que o conheci, eu havia deixado meu cartucho de Street Fighter II na locadora de um amigo, com a condição de pegar qualquer outro jogo durante a noite e devolvê-lo pela manhã. No entanto, este jogo em particular ele disse que eu poderia ficar o tempo que quisesse, pois ninguém conseguia passar da primeira “act” da fase 1, rsrs… Então peguei o jogo para testar, e na primeira partida, jogando com meu irmão, já gostamos do jogo de cara.
Houve algum tipo de conexão especial com esse jogo, pois na terceira ou quarta tentativa já estávamos na última fase, faltando pouco para enfrentar o Mr. Freeze e assim completá-lo. Mas isso não demorou muito, já que conseguimos finalizá-lo no dia seguinte rsrs. A partir desse dia, The Adventures of Batman & Robin passou a fazer parte do meu top ten no Mega Drive.
Alien Soldier
Este foi um jogo que eu queria muito ter conhecido e jogado na época, mas infelizmente só fui conhecer por meio da emulação. Confesso que quando escolhi ele para a jogatina dos 35 jogos do Mega Drive eu não imaginava que iria conseguir zerar, mas, aconteceu.
Alien Soldier tem um desafio altíssimo quando se joga de primeira, mas quando se pega a manha até que dá pra começar a dominá-lo com o tempo. O game é um tipo de boss rush, onde você enfrenta alguns inimigos na tela e logo já dá de cara com um chefe, e quando é derrotado nem sempre vai aparecer um stage clear, para tomar um fôlego, o jogo segue dali mesmo até encontrar o próximo inimigo.
O jogo é run and gun alucinante com ação praticamente ininterrupta, onde você controla uma criatura modificada geneticamente conhecido por Epsilon-Eagle, e deve enfrentar 26 inimigos passando pelas 25 fases do game.
Recomendo Alien Soldier pelo desafio que, à primeira vista, pode parecer insano, mas sugiro começar no nível super easy, onde os continues são ilimitados. À medida que você domina o jogo, pode tentar o nível super hard para um desafio ainda maior.
Contra Hard Corps
Esse é o meu queridinho da Konami para o Mega Drive, e por isso não poderia ficar de fora da minha listinha. Infelizmente eu praticamente não conheci os jogos da geração 8 bits, Nes e Master System, portanto não joguei o primeiro Contra, e meu primeiro contato com franquia foi com o Contra Hard Corps no Megão.
Deixando o “seguismo” de lado, este é o melhor jogo da franquia e acredito que quem jogou a de concordar.
Você pode escolher entre caminhos diferentes e determinados pontos, te levando a mais fases e a quatro finais diferentes, sem contar um final secreto. Tudo isso acompanhado de uma trilha sonora eletrizante, onde cada música traz um clima perfeito a fase.
Lembro que quando aluguei o Contra Hard Corps a primeira vez foi a versão japonesa, que é bem mais fácil pois o personagem tem uma pequena barra de energia, onde você precisa levar três danos para morrer, ao contrário da versão americana que é forjada nos outros jogos da franquia no mais punitivo one hit kill “uma porrada morre” no bom e velho português de locadora rsrs.
Contra Hard Corps é um dos jogos que você não pode deixar de jogar no Mega Drive. Os seus gráficos são poderosos e você vai enfrentar chefes enormes e desafiadores, músicas que dispensam comentários e personagens bastante carismáticos, que vai de humanos, um robô e um cachorro com um braço que já a sua arma. Ah, e só para lembrar. Se quer começar de boas, sugiro jogar primeiro a versão japonesa para ir pegando o jeito.
Comix Zone
Este é um daqueles games rápidos que jogamos apenas para relaxar por alguns minutos (ou não). Comix Zone é uma mistura de beat ‘em up com plataforma que eu joguei pela primeira vez em idos de 1996. Um amigo de um vizinho trouxe para mostrar a ele, e de quebra eu acabei jogando também hehehe.
Já tinha visto algumas imagens do jogo em alguma Ação Games da vida um ano antes, mas eu não lembro de ter dado muita atenção a matéria (sinceramente eu não lembro se era review ou era preview). Fiquei muito impressionado com a qualidade gráfica do jogo, principalmente por seu background ser simplesmente uma HQ… Nossa, achei isso super daora, isso sem contar os movimentos e golpes aplicados pelo protagonista, Sketch Turner.
De quebra ele ainda tem um furão que encontra itens escondidos e ajuda também a abrir portas de difícil acesso. A trilha sonora de Comix Zone também é muito boa, onde a aventura é levada num grunge bem característico da época.
Lembro que já vi algumas pessoas comentando comigo, até mesmo em live que achava o Comix Zone um jogo muito difícil, e isso me causava uma certa estranheza, pois acho um jogo supertranquilo. Talvez eu tenha jogado ele demais, sei lá rsrs. Mas falando sério, desde que você entenda como certos inimigos se agem, e fique ligado com bombas, ou lugares em que se você cair vai te custar uma vida, dá pra finalizar de boas.
Infelizmente ainda não tivemos uma continuação para esse jogo, que com certeza merece um segundo título o mais breve possível!
X-Men 2: Clone Wars
Desde moleque que eu sou fascinado pela arte das HQ’s, mas confesso que não sou conhecedor do universo dos X-Men, apesar de não deixar de assistir um episódio do clássico desenho animado de 1992, e claro que não seria diferente nos videogames, né? Bom, nem tanto… Eu não gostei do primeiro jogo dos X-Men para o Mega Drive, mas apesar de achar o segundo episódio, Clone Wars muito difícil no passado, e não conseguir ir muito longe, hoje, eu já tenho uma visão diferente.
Sim, X-Men 2: Clone Wars é um jogo difícil, longo e que você precisa treinar bastante para escolher o mutante certo para cada fase, e é assim que se consegue finalizar este título. Bom, eu ainda não consegui finalizá-lo, mas ainda assim você deve experimentar esse jogo. Eu não recomendo muito a jogatina em dupla, pois ele tem uma falha com a sua câmera, que não acompanha direito o personagem com relação a tela, e isso pode prejudicar muito se jogado 2 players.
X-Men 2: Clone Wars tem gráficos muito bons, e uma OST bastante animada, composta pelo mago Kurt Harland, do grupo Information Society, e pode confiar, pois a trilha sonora possui timbres e arranjos eletrônicos que deixaram o jogo muito mais interessante.
Fabrício Meireles
Street Of Rage 3 | Bare Knuckle 3.
Recomendo este jogo, pois é o terceiro da bem-sucedida franquia no seu gênero, e trouxe diversas novidades para a jogabilidade, como corridas, uma barra de energia para usar especiais sem perder energia, finais alternativos e vários personagens secretos para desbloquear. Não sei o que passou pela mente da Sega ao criar uma versão americana tão inferior, mas a versão japonesa é muito mais divertida.
Fatal Fury 2
Esse é um dos grandes clássicos da era de ouro dos jogos de luta, e poder jogá-lo em casa com os amigos ou sozinho era muito bom. A jogabilidade é fluida e rápida, as músicas são excelentes, e os personagens carismáticos se tornariam icônicos nos próximos jogos da SNK. Uma ótima escolha para aquela reunião com o pessoal que curte esse tipo de jogo.
Yu Yu Hakusho Sunset Fighters
Um dos melhores jogos de luta do Mega Drive! Apresenta um elenco dos melhores personagens do anime, jogabilidade fácil de aprender, combos incríveis e vários modos de jogo que garantem horas de diversão, seja jogando sozinho ou com até 4 amigos no modo cooperativo local.
Sonic, The Hedgehog 2
Esse foi um dos primeiros jogos que joguei no Mega Drive, antes mesmo do primeiro. Os gráficos e músicas eram impecáveis, a jogabilidade era fluída, com fases divertidas, modo história com a opção de cooperação com um amigo, códigos secretos, modo versus e, é claro, a primeira aparição do Super Sonic, o que fez a cabeça de quem jogou na época explodir.
Super Street Fighter II
Este jogo é atemporal, um clássico absoluto dos arcades que agora você pode desfrutar em casa, sem precisar gastar todo o seu dinheiro em fichas na rua. Com o controle de 6 botões do Mega Drive, o jogo fica completo para aqueles que apreciam o gênero ou apenas desejam jogar casualmente.
Gunstar Heroes
Por muito tempo, considerei este o melhor jogo do Mega Drive e talvez da era dos 16 bits (me julguem). Perdi a conta de quantas vezes finalizei este jogo, tanto no modo cooperativo quanto jogando sozinho. É um shooter delicioso com variações na jogabilidade ao longo das fases, o que impede que o jogo se torne maçante ou arrastado. É engraçado como a ação frenética só pode ser verdadeiramente apreciada ao jogar.
Sunset Riders
Sim, não estou louco, e posso provar isso. A versão do Mega Drive pode ser considerada inferior, claro, se comparada à versão de arcade. No entanto, se a tratarmos como um jogo ou versão diferente do arcade e do Super Nintendo, encontramos um jogo divertido com uma jogabilidade excelente e uma curva de aprendizado que recompensa seu tempo. Lembro-me de ter pegado emprestado esse cartucho e ter me divertido muito com ele, jogando por dias e aprendendo a finalizá-lo. Faça o teste por conta própria e tire suas próprias conclusões.
Marcelo Pacheco
Out Run
Um casal, uma Ferrari Testa Rossa e uma grande variação de pistas cruzando paisagens das mais variadas com tráfego pesado para adoçar o desafio.
Esse é Out Run, port competentíssimo do arcade que me pegou pela trilha sonora empolgante e clássica, gráficos competentes e jogabilidade fluida. Um dos melhores jogos de corrida do Mega Drive.
Toe Jam E Earl
Quando aluguei Toe Jam & Earl pela primeira vez, confesso que estranhei, nunca tinha jogado nada parecido com ele, onde controlávamos um personagem em diversos mapas que iam sendo descobertos ao percorrê-los, enfrentando diversos inimigos cômicos do planeta terra, onde as armas para enfrentá-los também eram descobertas, em presentes.
Realmente um jogo diferente e diria, inovador. Nada era igual a Toe Jam & Earl. Toda essa “loucura”, combinado com uma ótima jogabilidade fez de Toe Jam & Earl um dos melhores jogos do sistema para mim, com desafio na medida, trilha sonora contagiante e divertidamente delicioso (em dupla a diversão é ainda maior!).
Super Monaco GP
Quem, nos anos 80-90, quando criança, não se sentava na frente da TV para assistir aos domingos as corridas de F1 e, na sua imaginação, não pegava um cinzeiro ou um prato para fazer seu cockpit imaginário? Eu fiz muito isso hehehe e jogar Super Monaco GP pela primeira vez, no início dos 90, foi uma experiencia incrível para mim.
Um jogo rápido, jogabilidade precisa, ótimos gráficos, tinha a sensação de realmente estar participando de uma corrida daquelas que via na TV. O mais incrível, que após mais de 30 anos, o jogo ainda me remete a toda essa sensação e emoção da F1.
Spiderman Vs Kingpin
Sempre fui fã do “cabeça de teia”. Consumia os quadrinhos ferozmente e assistia desenhos animados do amigo da vizinhança. Quando vi o cartucho em uma loja Mesbla (antiga loja de variedades), não pensei duas vezes em pedir para meu pai comprá-lo, e assim, começar a minha saga contra o Rei do Crime.
Confesso que apanhei no início para “entender” como funcionava os controles do Homem Aranha, sempre achei um pouco travado, mas o jogo tinha tudo que eu curtia nos quadrinhos: os diversos inimigos tão “amados” pelos leitores (Duende Verde, Homem Areia, Electro, Lagarto, Venon), gráficos cartunescos que me lembravam até traços do Sal Buscema.
Uma trilha sonora soturna que combinava com o ambiente do jogo, e o desafio acima da média tornaram Spiderman Vs The Kingpin um dos jogos que mais amo no Mega Drive. Se você é fã do Homem Aranha, vale a pena conhecer o jogo.
Earthworm Jim
Um jogo de ação e plataforma com gráficos insanos, ótima trilha sonora e jogabilidade e enredo bizarro, esse é o Earthworm Jim. Não bastam essas qualidades e o jogo ainda tem mais duas que me fazem revisitá-lo de vez em vez: Carisma e o bom humor!
Tudo no jogo é carismático ao extremo e bem-humorado, deixando o jogo divertido e cativante mesmo com a dificuldade elevada (quem não quase quebrou o controle de raiva na fase do submarino?).
Thunder Force IV
Sou um grande fã dos shmups, os famosos “jogos de navinha”, em todas as gerações, e não poderia deixar de falar de Thunder Force IV.
Quando o aluguei pela primeira vez, meu queixo caiu, não acreditava que tudo aquilo estava “rodando” no meu Mega Drive: Gráficos muito à frente do que já tinha visto no console, trilha sonora insana com uma pegada heavy metal que só o Yamaha 2612 poderia entregar, jogabilidade precisa e intensa te proporcionando uma grande variedade de armas e dificuldade na medida eram o que Thunder Force IV oferecia ao jogador.
Só jogando para acreditar. Para mim, o melhor shmup da era 16 bits e um dos melhores de todos os tempos. Simples assim!
Strider
Um dos meus jogos preferidos no Mega Drive. Um jogo de ação em que controlamos o ninja Hiryu em sua saga contra um ditador num mundo diatópico.
O que mais me chamou a atenção no jogo foram seus gráficos e como ele mudava com fluidez as cenas entre as fases: quando passávamos de algum ato dentro da fase, a música mudava, o cenário também em algumas fases, de uma forma tão fluida que parecia até uma “peça teatral”. Até hoje acho lindo demais tudo isso que Strider proporciona.
Daniel Gomes
Tiny Toon Adventures: Buster’s Hidden Treasure
São tantos jogos para escolher e incluir nesta lista, o que torna tudo bastante desafiador, mas ainda assim, é necessário fazer essas escolhas. Portanto, escolhi Tiny Toon Adventures como uma das minhas opções. Este título está na minha lista porque, na época do seu lançamento, eu era completamente apaixonado pelos Tiny Toons – embora não seja mais como antes, ainda tenho um grande carinho pela animação – e a oportunidade de jogar como o Perninha chamou muito a minha atenção.
Quando peguei o cartucho na locadora, tinha pouca noção de quão agradável seria a jogabilidade. Com um toque de Sonic e Mario, Tiny Toon foi uma experiência muito prazerosa. O jogo também é visualmente atraente e uma das coisas que me cativou em uma das fases foi o uso da trilha sonora do desenho animado, o que me deixou ainda mais empolgado para jogar o título.
Mesmo que só seja possível jogar com o Perninha, é muito legal ver os outros personagens da animação. Tiny Toon Adventures é um título que vale a pena experimentar para quem aprecia jogos de plataforma!
Dune – The Battle for Arrakis
Desde que joguei Civilization I e SimCity no PC no início dos anos 1990, nos computadores dos meus primos, percebi que sou um grande entusiasta de jogos de estratégia. Nunca tinha encontrado jogos desse estilo em locadoras, até que me deparei com Dune em uma revista de informática.
Na revista, dizia que o jogo era de estratégia e que te transportaria para o universo de Dune, onde você deveria comandar um exército para extrair algo chamado “spice”. Naquela época, nenhum dos meus primos tinha o jogo no PC, e foi durante uma das buscas que estava fazendo em locadoras para alugar algo que acabei encontrando Dune e, imediatamente, aluguei.
É claro que o jogo pirata não vinha com nenhum manual, então eu tive que aprender a jogar e apreciar Dune por tentativa e erro. E que jogo, senhores! Eu não entendia nada da história na época, mas guardei o nome do jogo por muito tempo.
Mais de uma década depois, por volta de 2000 ou 2001, assisti à série de TV da Fox, Dune, e finalmente pude compreender a história por trás do jogo. Foi por causa do jogo e da série que acabei comprando os livros!
Dune é um dos títulos de estratégia que todo amante desse gênero deveria experimentar no Mega Drive.
Burning Force
Escolhi este jogo não porque seja um dos melhores do gênero no Mega Drive ou porque seja um dos bons títulos da Namco, mas sim porque era um dos jogos que sempre sonhei em jogar desde que o vi na Revista Supergame.
Se eu contasse quantas vezes li sobre esse jogo na referida revista, não teria dedos suficientes para contar, o que destaca a influência que as revistas de videogame daquela época exerciam sobre a imaginação das crianças e, acredito, até dos adolescentes.
Quando finalmente tive a oportunidade de jogar, o jogo correspondeu às minhas expectativas? Na época em que o adquiri, já tinha experimentado o Space Harrier II, que havia sido lançado para o Mega Drive, e sinceramente? Achei este título muito superior ao jogo criado pela SEGA. Talvez seja devido à sua animação, talvez à jogabilidade mais fluida ou mesmo à trilha sonora envolvente, mas Burning Force deixou uma marca duradoura em mim.
Agradeço à Supergame por me sugerir este jogo.
Olympic Gold: Barcelona ’92
Não me recordo de absolutamente nada sobre as Olimpíadas de Barcelona em 1992, nem mesmo o canal que transmitiu ou quem venceu em qualquer modalidade. No entanto, lembro-me vividamente de Olympic Gold: Barcelona 92 como o meu primeiro jogo em português.
Naquela época, eu havia alugado o título e, ao inseri-lo no meu Mega Drive, notei a presença da bandeira do Brasil. Com exceção de Super Volley Ball e Super Futebol, acredito que nunca tinha encontrado outro jogo que desse importância ao nosso país. Decidi escolher a bandeira brasileira para ver o que aconteceria e, para minha surpresa, o jogo se apresentou inteiramente em português.
Essa simples característica já me fez ser fã do jogo, e suas modalidades também contribuíram muito para isso. Joguei muito com amigos e primos, e isso me motivou a… não, não foi a se tornar um atleta, mas sim a acompanhar as Olimpíadas que ocorreram 4 anos depois em Atlanta e a jogar o título que saiu para o PSX no mesmo ano.
Este jogo é muito divertido, especialmente quando jogado com amigos.
Sonic the Hedgehog 3
Muitos adoram Sonic the Hedgehog 2, enquanto outros apreciam Sonic 1 sem reservas. No entanto, para mim, Sonic 3 é o MELHOR jogo da série clássica até hoje. Muitos optam por Sonic 2 porque é a primeira vez que Super Sonic aparece, além de introduzir Tails, e, o mais importante, foi o jogo que veio com o Mega Drive III, tornando-se o primeiro jogo para MUITAS pessoas aqui no Brasil.
Meu Mega Drive veio com Sonic 1, então essa influência não teve o mesmo impacto sobre mim, principalmente porque, mesmo que o primeiro jogo do ouriço azul tenha sido um dos mais importantes para mim, ele ainda fica aquém do que Sonic 3 representa.
Este jogo, além de oferecer uma grande variedade de escudos, proporcionando um fator de replay bastante agradável, inclui duas fases bônus muito divertidas e introduz o personagem Knuckles. Mais importante ainda, foi um título que ganhei como resultado do meu esforço pessoal – não foi um presente aleatório – por ter tido um bom desempenho escolar e passado de ano com boas notas. Minha mãe, então, me presenteou com Sonic 3.
É por isso que este jogo é ainda mais especial para mim, tornando o restante das considerações meros detalhes, ou talvez não! Em suma, recomendo muito Sonic 3.
Phantasy Star II | IV
O Phantasy Star original do Master System, só tive a oportunidade de jogar anos depois, através da emulação. Conheci a franquia de RPG da SEGA por meio de Phantasy Star II, também emulado, e percebi que o universo criado para o jogo era algo verdadeiramente excepcional.
Naquela época, eu não havia jogado muitos outros títulos de RPG, principalmente porque a maioria deles estava em inglês. Jogar algo cuja história eu não conseguia compreender me fez abraçar jogos desse gênero tardiamente, apesar de já ser fã de RPGs de mesa (como AD&D e Gurps).
Apesar da sua considerável dificuldade, desfrutei muito da jogabilidade de Phantasy Star II, especialmente devido à sua história envolvente, que estava relacionada de alguma forma com o jogo anterior, contendo algumas referências que eu não entendia completamente.
Decidi pular Phantasy Star III, pois muitos diziam que não estava à altura da franquia, e segui diretamente para o IV, principalmente porque a revista SuperGamePower, se não me engano, apresentou um guia em duas partes do jogo, o que me ajudou significativamente a completá-lo.
E o que dizer sobre o Phantasy Star IV, ou End of Millennium? Sério, quem nunca jogou a franquia Phantasy Star, principalmente os 4 primeiros, NÃO SABE O QUE ESTÁ PERDENDO e o IV é, sem sombra de dúvida, um dos melhores RPG’s já feitos, coloco-o no mesmo nível de um Chrono Cross, Final Fantasy VI, Breath of Fire IV ou Dragon Quest VI.
Kid Chameleon
Eu tinha decidido não pegar jogos da SEGA, mas acabei escolhendo três deles que não posso deixar de mencionar, e Kid Chameleon encerra minhas recomendações. Na minha opinião, este não é um jogo difícil, mas sim longo o suficiente para fazer qualquer jogador se cansar e desistir no meio do caminho.
Kid Chameleon não é um jogo para os fracos de coração, pelo contrário, é para aqueles que têm a disposição de enfrentar uma verdadeira maratona. Se considerarmos que Sonic é como uma corrida de 100 metros com barreiras, Kid Chameleon é como uma corrida de 1000 metros com obstáculos, onde o jogador precisa dominar diversas habilidades, como judô, natação e levantamento de peso, e combiná-las o tempo todo.
Consegui terminar este jogo duas vezes no Mega Drive, sempre com o receio de não conseguir, principalmente porque no interior do Ceará havia frequentes quedas de energia. E o joguei mais três vezes em emuladores, usando o recurso de save state. Foi um dos primeiros jogos que joguei no Genecyst, o primeiro emulador de Mega Drive para o DOS.
Ah, Kid Chameleon, continue desafiando jogadores ao longo das gerações e deixe-os reclamar da sua “ausência” de password ou bateria para salvar.
Julio Chiarini
Truxton
Famoso pela sua dificuldade, este clássico da Toaplan é um jogo que venho jogando pelo menos desde 1991, mas que somente agora com as Lives dos 35 anos do Mega Drive, finalmente consegui zerar.
Posso dizer que a tarefa não foi uma das mais fáceis, pois optei para não utilizar o famoso truque do pause durante a bomba caveira e joguei na dificuldade Normal.
A jogatina flui bastante bem até que se chegue na última fase e os tiros inimigos começam a se misturar com o cenário, ou seja, praticamente uma fórmula para o desastre.
Felizmente depois de muito treinar, consegui terminá-lo com um crédito somente no primeiro loop. Já o segundo Loop, no momento deixei pra lá, pois ali a dificuldade é praticamente à do arcade original.
Super Thunder Blade
Sucessor do Thunder Blade original dos fliperamas, Super Thunder Blade entrega um jogo com dificuldade extrema e jogabilidade um pouco truncada. Posso confirmar que este Rail Shooter da SEGA é um dos jogos mais difíceis da plataforma, pois é aquele tipo de jogo que o único modo de ser zerado é via 1CC (terminado sem pegar continues).
Tive que treinar inúmeras vezes em Live e em offline até que num certo dia consegui o que procurava há tempos! Podemos combinar também que nunca fui um exímio jogador de Rails Shooters, ainda mais um com mecânica de frear e prosseguir com helicóptero.
Silpheed (Mega CD)
Game Arts de Alisia Dragoon em 1993, nos brindou com este Jogo graficamente soberbo e com trilha sonora estonteante que como sempre, me deu muito trabalho para concluir!
Silpheed é tão “pesado” para o SEGA CD que em inúmeras vezes durante as Lives o jogo travava mostrando uma imagem de erro de leitura, que provavelmente não é pelo leitor falhando e nem pelo disco arranhado, pois o jogo te dá mais um continue e te manda novamente para o início da fase, ou seja, algo já pensado pelos desenvolvedores na época do lançamento do game.
Sobre o meu “zeramento” do jogo, bastou o decorar os padrões dos inimigos e saber usar o option correto para cada tipo de fase. E uma dica: não zere seu estoque de Options, pois eles serão imprescindíveis para poder vencer o último chefe do jogo.
Cosmic Carnage (SEGA 32X)
Eu, como um bom fã de Fighting Masters e Beast Wrestler, já imaginava que iria adorar esse jogo do 32X. Como não sou possuidor deste add on que hoje em dia custa uma fortuna, optei por jogá-lo via MiSTer FPGA. Almanic de Fighting Masters e Mazin Saga criou um jogo com monstros que parecem ter saído de algum Tokusatsu.
A jogabilidade é bem lenta, o que demonstra um certo realismo em relação ao peso dos monstros e de suas armaduras. Joguei com a personagem cobra chamada Naja e não tive muita dificuldade para se conseguir terminá-lo com um crédito.
O jogo é bem bonito com seus efeitos de zoom e conta com uma trilha sonora bem bacana que acaba ficando grudada na cabeça.
Lunar the Silver Star (Mega CD)
Está aí um jogo que sempre fez a minha cabeça quando olhava aqueles anúncios promocionais nas revistas americanas! Apesar de ter tido um SEGA CD nos anos 90, infelizmente só tive acesso a dois jogos de seu pequeno e interessante acervo, ou seja, Tomcat Alley que veio junto ao console e Chuck Rock 2 que ganhei a parte.
Somente quando já tinha iniciado a colecionar vídeo games que finalmente comprei esse jogo por mim tão desejado. E nada melhor do que jogá-lo nas lives comemorativas dos 35 anos do Mega Drive!
Já tinha uma pequena ideia do que estava por vir em sua jogatina, pois outrora tinha jogado sua versão expendida para o Playstation no início dos anos 2000.
Sobre sua jogabilidade, achei que o jogo careceu nos aspectos de informações dos itens, armamentos e magias. Para se usar qualquer coisa, tive que recorrer ao site GameFaqs e também ao manual original do jogo. Tirando esses pormenores, o jogo entregou uma aventura clássica de jornada do herói com seus personagens extremamente carismáticos.
Wonder Boy III Monster Lair
Mais um jogo que cansei de tanto jogar em minha infância, mas nunca conseguira zerar! Tive uma cópia pirata na época e acabei trocando com um cartucho de Super Mario World assim que ganhei meu Super Nintendo em 1993. Vale ressaltar que este também foi um jogo que readquiri assim que comecei a colecionar em 2007.
Mas desta vez comprei a versão original europeia (a única lançada no ocidente). Já tinha jogado e zerado em live na Comunidade Mega Drive algumas vezes anteriormente, mas mudava completamente as configurações originais do jogo, ou seja, enchia as vidas e continues no máximo.
Visto isso, resolvi revisitar esse classico Run and Gun/Shmup da franquia Wonder Boy para assim terminá-lo com as configurações originais e tentar o famigerado 1CC. Resultado: alcancei ambos os objetivos nas lives de 35 anos do Mega Drive!!
James Pond
Original do computador Commodore Amiga, James Pond em seu belo port muito bem executado para o Mega Drive, é mais um jogo que venho jogando desde a infância, mas tenho falhado miseravelmente em terminá-lo!
O jogo em si não começa com uma dificuldade muito alta, mas a partir de mais ou menos da oitava fase, ele se torna completamente roubado! Maldito seja aquele doutor que fica aparecendo e desaparecendo!!
Mas como sempre, depois de muita insistência e de muito treino, consegui terminá-lo e fui agraciado com um dos melhores finais de todos os jogos (ironia detected)!! Apesar de todos os pesares, ainda assim, sou apaixonado por este game.
