Você chega numa casa de arcade. Está com algumas fichas no bolso e observa os vários títulos a sua disposição. Aqueles que você jogou diversas vezes, outros que estavam completamente lotados e um que, espera um pouco, é novo! Mas porque não tem ninguém jogando ele? Sequioso, vai correndo em direção a nova máquina, vê os gráficos e acha-os bonitos! E ninguém está jogando ele? Coisa estranha. Você coloca uma ficha. Coloca as suas mãos nos comandos e em menos de cinco minutos perde as vidas e fica incrédulo falando que jogo difícil é esse?
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Em tempos idos era extremamente comum ter aquele jogo difícil aparecendo nas mais diversas plataformas ou, na verdade, muitos jogos com aquela índole de acabar com a paciência do jogador, de estragar a diversão, de, em alguns casos, inserir uma raiva incomum a ponto de alguns controles voarem contra paredes em diversas casas ao redor do mundo.
Estes títulos que estão aí nos nossos queridos consoles caseiros, desafiam a ordem natural das coisas. Mas seriam estes jogos realmente difíceis ou você que é realmente ruim? Claro, não estou querendo insinuar que você, jogador de longa data, desde os tempos do Atari 2600, seja um cara ruim, pelo contrário. Talvez lhe falte paciência, ou perícia, ou malícia ou, até mesmo, sorte com alguns títulos que existem por aí. Mas a culpa mesmo é das estrelas né?
Aquele Jogo Difícil dá uma raiva não é? Principalmente quando você ia na locadora e alugava umas três fitas. Na revista que você leu a algumas semanas, parecia que o jogo em si era fácil e gostoso de se jogar. Você aluga o dito cujo, coloca a fita no console e… MORRE PARA CARAIO. Xinga o criador do jogo. Xinga o gato que está passando pela frente, o ar que respira e até mesmo o boneco que controla (se esquecendo que os movimentos errados são culpa SUA). Que jogo difícil dos diabos é esse? Quem foi o FDP que criou essa bagaça? Por que disseram que este jogo é bom? P… que pariu!!!
Mas, em tempos idos, muitos dos jogos que eram considerados difíceis, muitas vezes eram, na verdade, quebrados. Seja por falta de tempo, seja por pressa ou sem a possibilidade de testá-los melhor, alguns títulos (ou diversos deles) tinham problema na execução de um pulo ou um hitbox ruim ou o mapeamento do cenário era malfeito permitindo o inimigo te atacar, mas você não podia atacar ele e mesmo que treinasse muito, não conseguia finalizar o jogo.
Com jogos feitos para serem difíceis, mas bem polidos, o jogador tem alguma chance de passar os mais diversos obstáculos que eram impostos pelo título em questão. Agora quando o jogo é quebrado, cheio de bugs e glitches (que ainda acontecem hoje em dia), por mais que se treine, este tipo de barreira impede que o jogo seja realmente superado.
Os títulos de hoje em dia ainda dá para encarar porque estes problemas podem ser consertados por patch, mas os jogos de antigamente fica algo mais complicado pelo simples fato que só é possível consertar estes erros através da comunidade gamer fã de determinado jogo e mesmo assim só é possível aproveitar se estiver usando um Everdrive, um ODE ou emulação, o cartucho original ou pirata sempre terão o erro e não poderão ser consertados.
Pergunto para vocês, quais são aqueles jogos que são uma tortura? Ou aqueles que vocês chegaram num ponto que desistiram e nunca mais pegou o cartucho, o CD e colocou no videogame? Qual é aquele jogo que você achava difícil num determinado ponto de sua vida e que, hoje em dia, é fácil de zerar e o contrário, qual é aquele jogo que era fácil de se jogar e agora nem com a ajuda das bolas do dragão é possível zerar?
Aproveitando, a Comunidade Mega Drive fez um MegaCast sobre a questão. Se estiver de bobeira, que tal assistir o programa e, depois, deixar um comentário sobre lá no YouTube?