A Nintendo tem os seus fãs e os Nintendistas, a Sony tem os seus fãs e os Sonystas, a Microsofot tem os seus fãs e os Caixistas e, claro, a SEGA tem os seus fãs e os seguistas. Eu considero que a minha pessoas se encaixa no perfil de fã da SEGA, mas não como seguista.
A minha paixão pela empresa SEGA começou lá pelos idos de 1991, por conta do Mega Drive e, também, por conta da Revista Ação Games nº 8, que mostrou um pouco da empresa e sua história. E foi a partir dali que eu fiquei ainda mais curioso para conhecer a empresa.
Com o Mega Drive em mãos, no qual eu ganhei o segundo modelo de aniversário por parte da minha mãe, comecei a colecionar a Revista Supergame, que era “especializada” sobre a SEGA, na verdade uma ideia da Tectoy que fez parceria com a Editora Nova Cultural.
Caí com tudo dentro do universo SEGA e, com isso, defendia ardentemente esta empresa. Claro que não deixei de aproveitar o Super Nintendo, 3DO, PSX, Nintendo 64 e outros consoles que vieram e se foram nos anos de 1990, mas o meu foco maior eram os consoles da SEGA.
Antes de ter o PSX, por exemplo, tive o Sega Saturn, antes de partir para o PS2, tive o Dreamcast – e este console eu fiquei com água na boca quando falaram pela primeira vez dos projetos Dural e Black Belt, li feito condenado todas as informações que haviam acerca do console de “128-bit” da SEGA pela revista Gamers -, e ter experimentado bem todos os consoles da SEGA, tirando os que ficaram exclusivos no Japão, me fez bem.
Naquele tempo eu poderia ser considerado um seguista, um cara que defendia com unhas e dentes a empresa SEGA e desdenhava dos demais consoles. Usava do conhecimento que pegava das revistas e metia o pau com gosto, principalmente para com aquele pessoal menos articulado sobre dados técnicos, até mentir em mentia, porque era gostoso de ver a cara de derrota dos demais “adversários”.
Mas veio o fim da SEGA com a morte do Dreamcast. Eu estava também jogando mais os demais sistemas por conta dos emuladores e vi, num determinado momento, que havia me tornado um fanático por algo que não valia a pena, principalmente porque eu não ganhava NADA com aquilo. Comecei a ver a SEGA com outros olhos, a me tornar um segamaníaco, alguém que tem um amor pela empresa, mas que não é tresloucado por ela.
Desde aquele momento, lá pelos idos de 2001, vieram outros amores que me conquistaram na época e que, até hoje, amo de coração, como é o caso da AMD, uma empresa que trabalha com processadores e GPU’s e a Valve, a mãe de Half-Life e do Steam, um dos melhores serviços de distribuição digital de jogos do mundo.
Não que eu defenda estas duas empresas com unhas e dentes, mas que eu vejo valores nelas que são compatíveis com o meu pensamento e opinião sobre o mundo de jogos eletrônicos e, até mesmo, empresariais, juntamente com a SEGA, empresa que eu tenho enorme admiração, coisa que eu não tenho pela Nintendo, Sony ou Microsoft, apesar destas terem os seus pontos positivos.
Escolher qual empresa apoiar e gostar não é fácil, mas quando isto acontece é bom sempre ficar de olho quando este gostar começar a CEGAR você ao ponto de torná-lo um papagaio de pirata e acabar repetindo algumas “verdades” que estas empresas soltam e que, até um primeiro momento, parecem sim verdadeiras, mas, depois de analisar, vê-se que tem coisas por trás.
Qualquer que seja a empresa que você apoia, saiba que o objetivo dela não é a sua paixão, devoção ou lealdade, mas sim o seu bolso e se você quer que essa empresa faça algo por você, use este mesmo bolso para falar o que deseja.