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Emulação, a preservação dos videogames!

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As empresas de jogos eletrônicos, principalmente a Nintendo, podem odiar a emulação, mas se não fosse por ela, certamente muito daqueles adoráveis títulos que jogamos na década de 1980 e 1990 estariam completamente perdidos nos dias de hoje.

E por mais que estas empresas olhem para a emulação com uma vista bem torta e nada grossa – principalmente a Nintendo -, temos estas mesmas usando da emulação para trazer muitos dos seus antigos jogos para novas plataformas e, assim, acharam uma forma de ganhar dinheiro novamente.

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Nintendo fechou diversos sites de roms ao longo dos anos.

Não vou entrar no mérito jurídico da emulação, pois aí é bom deixar para aqueles que tem um melhor conhecimento do Direito de Propriedade, Intelectual e do Arte Visual, pois é um debate que vem sendo estabelecido e que dura, pelo menos, duas décadas. E vemos desta batalha diária sobre aqueles que querem preservar os jogos eletrônicos a todo custo, àqueles que usam a emulação para jogar os jogos novos e antigos sem pagar nada e as empresas que, ou querem barrar inteiramente o uso da emulação ou ganham um dinheiro brabo com isso.

A verdade é, assim como acontece com a arte visual (televisão, filmes, seriados e afins, pinturas, arquitetura), de áudio (vinis, cds, dvds) e de leitura (sei lá se isso existe, mas vou colocar os livros nessa categoria), se faz necessário também que os jogos sejam preservados e eles são até uma forma mais fácil para tal porque eles existem tão somente em formato eletrônico em sua grande maioria e este formato são as roms e as isos, imagens das memórias dos cartuchos e dos cds, dvds e blu-rays respectivamente.

Eles se tornam ainda mais fáceis porque emular, isto é, imitar o console no qual eles rodam não é uma tarefa extremamente dificultosa, pelo contrário, se programadores tiverem acesso a documentação do console, o desenvolvimento do emulador se torna extremamente fácil e rápido – apesar de ser trabalhoso quanto mais novo o sistema. 

Depois de alguns meses ou anos, temos um emulador quase perfeito para rodar os jogos, mas os arquivos em si podem ser preservados como dados de computador, gravados em HDD, Pendrives, CDs, DVD’s ou Blu-rays e, até mesmo, na nuvem (onde podem ser achados em sites como o archive.org).

A possibilidade do acesso de um determinado jogo, para poder experimentar o mesmo novamente, pode, algumas vezes, ser feito de forma legal. Alguns títulos por aí são relançados e revendidos pela Sony, Microsoft, Nintendo ou em sites legais como GoG e serviços digitais como o EA Play e o Steam, mas, claro que, isso só abrange uma pequeníssima parte dos milhares de títulos que foram lançados desde a criação dos videogames, lá pelos idos dos anos de 1970.

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diversos jogos antigos de pc podem ser encontrados no GoG.

Apesar desta briga constante entre empresas detentoras dos direitos de venda e produção, consumidores vorazes e historiadores, eu acredito que a emulação, que nasceu nos anos de 1990, veio para ficar e, acima de tudo, veio para ajudar na preservação histórica dos videogames.

Nintendo, Capcom, Konami, Namco, SEGA, podem chorar como for, mas se vocês não guardam os seus jogos, nós, consumidores e, de certa forma, historiadores, iremos guardar por vocês, principalmente se for lembrar o caso que a própria SEGA perdeu código-fonte de diversos de seus jogos, assim como a Konami e o caso mais emblemático que eu me lembro foi a Square-Enix com o Kingdom Hearts.

Continuem com o seu belo trabalho de preservação, historiadores, principalmente a equipe do MAME que tenta, a todo custo, mapear a história dos arcades do planeta inteiro. O trabalho deles é um dos mais pesados e interessantes feitos até hoje.

Emulação é preservação.

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