Uma das coisas mais maravilhosas que nos aconteceu na década de 2010, foi a invenção do Netflix. Mas, ao mesmo tempo, este serviço digital que mexeu com o mercado do cinema e da TV paga, também nos trouxe um mal, chamado de Efeito Netflix. Mas não é o efeito como explicado pelo site FalaUniversidades:
[Efeito Netflix] o qual consiste em gerar um interesse tão grande no público por uma série ou filme, que esses se tornam virais em questão de dias, devido à intensa repercussão proliferada, principalmente, pelas redes sociais.
Ou como descrito pelo site g4educacao que diz:
No contexto do varejo, o efeito Netflix refere-se a determinados produtos que aumentam as vendas como resultado direto de serem apresentados em um programa ou filme da Netflix, bem como o desenvolvimento de tendências de pesquisa, seja via Google, eBay ou Amazon.
O Efeito Netflix que eu coloco em evidência é aquele no qual a pessoa tem um acesso quase que infindável de filmes, documentários e seriados e, literalmente, pode passar horas e horas e horas e horas procurando algo para assistir. E isto não acontece tão somente nos serviços de streaming.
Este efeito, que podemos considerar um pouco nefasto, também acontece nos serviços de jogos eletrônicos, principalmente naqueles como o Gamepass, Steam (quando você tem muito jogo), Gog, EA Play, PSN Plus, Gold e assim vai.
Quanto maior a quantidade de jogos disponíveis para gente nestes serviços, maior a facilidade que temos de “perder” tempo procurando o que jogar. Não que estejamos sendo indolentes por tudo aquilo que adquirimos ao longo dos anos por conta das ofertas que nos são oferecidas, mas sim porque esse efeito de abundância acaba mexendo com a gente, de uma forma ou de outra.
O famoso: “Eu não tenho nada para jogar”, acaba acontecendo com certa frequência. E, muitas vezes, acabamos indo atrás de outros jogos do que pegar aqueles títulos que estão esperando a uma semana, um mês, um ano ou, até mesmo, uma década para serem jogados, porque o que importa não é ter o jogo em si, mas comprar o que é novo para termos em nossas estantes digitais, ou, em vários casos, nas físicas mesmo.
Este Efeito Netflix é algo bem difícil de se tirar, pois é algo que fica bem no âmago das pessoas. Claro que existem alternativas para lutar contra esta “vontade” de ficar horas e horas e horas e horas escolhendo algo para jogar e, por fim, não acaba jogando nada.
Criar listas, planilhas, objetivos para conhecer título X ou finalizar jogo Y, é o primeiro passo para se desvencilhar deste nocivo efeito. Organizar o seu tempo para conhecer a sua própria biblioteca é extremamente importante para se ter um foco para com a sua jogatina, mas, claro, sem forçar que isto vire algo como um “trabalho”, senão, deixa de ser um momento de lazer e virando uma obrigação, deixando a coisa toda chata de se fazer, na maioria dos casos.
Ter cuidado para não acabar virando “vítima” deste efeito é muito importante, principalmente pelo fato que adquirir jogos eletrônicos, na maioria dos casos, não é algo tão barato assim. E deixar ele, seja de forma física, seja de forma digital, encostado no canto da coleção, não sei você, mas acho um desperdício de grana. Ah, não, não, não estou aqui querendo dar uma de bonzão. Tenho também o meu quinhão neste pecado capital de acúmulo digital, são mais de 700 jogos e só joguei 10% deles.
É a vida, o que podemos fazer quando o Efeito Netlflix há quase uma década? Faço o meu possível usando listas para seguir em frente e consumir os meus jogos.
