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Comix Zone | Mega Drive – 35 anos

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comix zone

O que falar do Comix Zone além dele ser um jogo além do seu tempo? Sim, claro, a primeira vista o título em questão parece apenas um beat ‘em up como outro qualquer, você precisa ir de A até B e ponto final. Mas ao jogar ele a coisa muda de figura, pois sair de A para chegar até B você pode escolher caminhos.

comix zone

E isto, senhores, não era algo muito comum nos jogos dos 16-bit. A escolha de caminhos também não é das programações mais fáceis para quaisquer tipos de jogos presentes na época. E porque isto é interessante? Se dá pelo fato que o jogo em si não é apenas uma representação física de escolher caminhos, mas também se trata de um livro história, aqueles que tínhamos acesso nos anos de 1990, onde os caminhos seguidos dão resultados diferentes.

Comix Zone é um verdadeiro quadrinho interativo, com essa diferença acima, pois, nas HQ’s tradicionalmente nos é apresentada uma história e lemos ela de cabo a rabo, no jogo temos a história, mas escolhemos os nossos caminhos e o que é mais legal nisso tudo. Você “pula” de um quadrinho a outro seja mudando o seu caminho, seja seguindo a história programada.

Além desta grande sacada, a onomatopeia que existe nos quadrinhos também está no jogo. Mas o que diabos seria isso? Bem, de acordo com o Wikipedia, o pai dos burros:

Onomatopeia ou mimologia (termo da língua grega antiga que significava “criar um nome”, “fazer um nome”), é uma figura de linguagem na qual se reproduz um som por meio de fonemas. A forma adjetiva é onomatopeico ou onomatopaico. Ruídos, gritos, sons de animais (inclusive alguns sons humanos), sons da natureza, barulho de máquinas, o timbre da voz humana fazem parte do universo das onomatopeias. Por exemplo, para os índios tupis tak e tatak significam dar estalo ou bater e tek é o som de algo quebrando.

Geralmente, as onomatopeias são usadas em histórias de quadrinhos. Muitas dessas onomatopeias são derivadas de verbos da língua inglesa.

comix zone
O leitor lê o som da porrada.

Quem leu ou ainda lê quadrinhos quando viu estas representações gráficas no jogo deve ter “surtado”, eu pelo menos fiquei boquiaberto com isto. O pessoal da Sega Technical Institute fez um jogo que deve ter feito muitos fãs dos quadrinhos irem a loucura, como eu disse anteriormente, a minha pessoa, à época, foi.

A sua trilha sonora usa muito bem o Yamaha presente no Mega Drive, ou lá nos Estados Unidos, SEGA Genesis, com os ritmos consagrados da época e que soam bem aos ouvidos. Claro que a trilha é relativamente suja, se comparado com os diversos jogos japoneses que o Mega Drive teve.

https://www.youtube.com/watch?v=GlDA2Rqn3mY

Quem jogou Desert Strike, Road Rash e os jogos de esporte da EA, saberá o que eu estou falando, ali temos jogos que tiram o sangue “metaleiro” do Mega Drive e coloca-o nas caixas de som da tv para quem quiser ouvir.

E já vou deixando duas das diversas soundtrack presentes no jogo. Vale a pena parar de ler o texto aqui, sacar o fone de ouvido e dar aquela escutada básica.

https://www.youtube.com/watch?v=oaTl7OWAf4g

Os gráficos são muito bons para sua época, até mesmo relativamente bem detalhado e os personagens tem muitos quadros de movimentação, coisa que nos 16-bit não era algo tão típico assim.

Acredito o que espanta muito os jogadores é a dificuldade do jogo. Não que ele seja muito difícil, mas o jogador vai levar muita tapa na cara até conseguir se orientar bem para onde ir, como usar os itens e matar os inimigos no tempo certo sem perder muita vida.

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Comix Zone, enfim, é um jogão a frente do seu tempo e até hoje eu não entendo porquê a SEGA não fez um remaster, remake ou continuação aproveitando o momento que os filmes de quadrinhos estavam em alta.

Querem sair do mais do mesmo? Joguem Comix Zone. Ou caso queiram, assistam a nossa live que fizemos sobre esse jogo para comemorar os 35 anos do Mega Drive!

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