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35 anos de Mega Drive

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35 anos

E pensar que daqui a um pouco mais de 10 meses, mais exatamente no dia 29 de outubro, o Mega Drive seria lançado no Japão, lá pelos idos de 1988. São, se os meus dedos não tiverem me enganando, 35 anos de existência de um dos melhores consoles já lançados.

Depois de um lançamento minguado que foi o Master System – que levou uma gigantesca sova do Famicom no Japão e esteve nas mãos da Tonka nos EUA e foi de mal a pior -, a SEGA, a mãe do Alex Kidd, Sonic, Ristar, Kid Chameleon e de tantos outros mascotes que vieram nos anos de 1990, decidiu criar um bólido que fosse a frente do seu tempo, mas que, também, ficasse a par do mesmo.

Baseado na System 16, o Mega Drive foi desenvolvido por Hideki Sato e seu time talentoso que nele haviam também Taku Matsubara e Masami Ishikawa e neste projeto foi pensado num console que iria trazer os arcades para casa. Claro que não seria nas mesmas condições, senão o novo console da empresa, apelidado de Mark V, iria sair a cara dos olhos, ou para dar uma certa ideia, seria ainda mais caro que o NeoGeo no seu lançamento (US$649.99 na época, olha aí a facada).

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E aí teria coragem de pagar 650 doleta nesse?

Apesar destes “cortes” para que o Mega Drive fosse um console que as pessoas pudessem pagar, os títulos que vieram para ele, seja no lançamento, seja ao longo de seu tempo de vida, mostrou que foi uma decisão acertada, mas em partes. Principalmente pelo fato do Super Nintendo mostrar que mais cores não matam ninguém – só que sempre tem um porém, se o Mega Drive tivesse mais cores, ele sairia mais caro na época e aí o negócio complica.

Mas não estamos aqui para falar da criação do Mega Drive, pelo contrário. Gostaria é de falar um pouco é de como este console afetou as minhas escolhas como jogador. 

Quando ganhei

Comecei lá com o Atari como qualquer outra criança naquela época, claro que eu tive acesso a uns outros consoles, só que aqui eu não me lembro bem qual foi o primeiro, mas posso dizer que em tenra idade, mexi no Intelivision, Odyssey Magnavox e no MSX, agora qual é a ordem, tu tá querendo demais!

No final dos anos de 1980, estava com a Atari 2600 e acabei ganhando de meu pai o Top Game VG 9000. Acredito que este foi um dos consoles que eu mais joguei na minha vida, principalmente pelo fato que ele é um dual slot e, assim, podia jogar tanto título Americano quanto Japonês do Nintendinho.

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Eita console bão.

Neste ínterim, jogando muito, acabei por conhecer o Mega Drive, e isso foi na casa de um primo (como de praxe) e, depois lendo mais sobre nas revista de videogame e foi paixão a primeira vista, principalmente porque o console que ele tinha em casa era a versão japonesa, com o 16-bit dourado lindo e maravilhoso na carcaça.

Claro que depois de jogar muito nesse Mega Drive e tantos outros nas locadoras que começaram a pipocar, eu era igual a mosca em prato de comida e comecei encher o saco da minha mãe para comprar um Mega Drive.

Essa tática e também a promessa de tirar nota boa na escola, no meu aniversário de 9 anos, ganhei o Mega Drive II com o Sonic 1 no bundle e, aí meus amigos, foram madrugadas e mais madrugadas jogando somente Sonic 1 e algum tempo depois é que eu fui atrás de locadoras que locavam fitas de Mega Drive.

Apesar de todo acesso que eu tive quando criança, seja com o Mega Drive em si, o Master System, Atari 2600 e os diversos clones do NES (na casa de primos, amigos e colegas de classe, e locadoras claro), foi com o Mega Drive que o amor pelos jogos eletrônicos realmente começou.

Amor cego a SEGA

E não foi apenas o amor aos jogos eletrônicos. Foi por conta deste console que vai fazer 35 anos agora em 2023 – deixando claro o ano para o pessoal quando achar perdido este artigo não acharem que estou escrevendo em quaisquer outros anos por aí -, que começou o meu verdadeiro interesse também para com a SEGA.

Uma empresa que, assim como muita gente por aí, achava que era japonesa, na verdade tem pais americanos e que foi comprada por japoneses lá pelos idos de 1980. Ela era uma empresa arrojada na minha opinião cagada na época – e, depois analisando bem e lendo sobre a história da empresa, o arrojo se deu mais por conta da Sega da America, e não a Sega do Japão.

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Logo da SEGA.

Era por conta da SEGA que tívemos uma das melhores brigas, batalhas ou Guerra entre consoles e quem ganhou com isso foi o consumidor, principalmente nos EUA e na Europa. A minha paixão com a empresa era tanta que mesmo com a morte do Dreamcast, ainda gostava muito da empresa ao ponto de escrever um artigo de faculdade sobre a empresa para uma disciplina – na verdade toda a disciplina eu falava algo da SEGA em quaisquer ocasiões que me fossem dadas.

E o Mega Drive? Com os seus 35 anos, ele me trouxe muitas, mas muitas surpresas mesmo. Desde jogos como Kid Chamaleon, que citei até aí mais acima, Streets of Rage 2, Alien³, Road Rash, Dune, GunStar Heroes, Dynamite Headdy, Mickey Mania, Castle of Illusion, QuackShot, Thunder Force IV, TMNT – HyperStone Heist, Aerobiz SuperSonic, Super Volleyball, Fifa International Soccer, Populous, Starflight, Dark Castle, Desert Strike, Sonic 3, Beyond Oasis, Comix Zone, Phantasy Star IV, entre outros tantos jogos meus favoritos, ele ainda é preenchido com, ou jogos novos, ou ports de arcades por diversos membros de uma comunidade extremamente ativa.

Eu sei que o Mega Drive não tem o mesmo impacto que consoles como o Super Nintendo e o PlayStation no Brasil e quem diz que teve é porque aí é realmente SEGO, mas não é porque estes consoles são mais famosos, que a gente não pode ter uma página dedicada a este guerreiro da SEGA, o Mega Drive ou SEGA Genesis (como é conhecido nos EUA). 35 anos é muita coisa e são poucas as coisas que são lembradas durante 35 anos!

Obrigado Mega Drive, por tudo nesses 35 anos!

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