Quando crianças sempre sonhávamos com os mais diversos presentes que nós iríamos ganhar de aniversário, de dia das crianças, de natal ou se passássemos de ano com notas boas e azuis. Se comportar na escola era essencial, mas, além disso, tínhamos de mostrar o quão esforçados nós éramos, ou deveríamos ser. E aquilo que você queria ter.
Eram poucos de nós em tenra infância que tinham noção, até um pouco tarde demais, de como os nossos pais e mães se sacrificavam em trazer o do bom e do melhor para gente, não importasse como e era de partir o coração deles, pelo menos acredito em sua maioria, quando nós fazíamos uma cara de choro ou tristeza quando não recebíamos aquilo que sonhávamos.
A boa e velha manipulação que tínhamos quando pequenos e fazíamos de forma até inocente, pois não sabíamos da noção do impacto que essa mesma cara de choro tinha nos corações de nossos pais e mães. Claro que alguns ainda se aproveitam dessa situação para criar um momento de fragilidade, mas não estamos aqui para isso. E nem você também.
A vontade de querer ter, muitas vezes, não vencia a realidade do que poderia ter. E, por diversas vezes, nos sentíamos desapontados com a vida por conta disso sem realizar o mundo em nossa volta que era árduo e duro para com aqueles que nos criavam, e ainda nos criam, pois, para eles, somos suas eternas crianças.
Mas, ainda assim, nesta impossibilidade de ter o tão sonhado NES, Mega Drive, PlayStation, naquele momento, naquela hora, tínhamos a certeza do amor incondicional destas criaturas bondosas que chamamos de pais e mães e quando não eles, por algum motivo do cotidiano de nossas vidas, nossos tios e tias que viraram nossos pais ou nossos avós e avôs, sejam maternos ou paternos, estes não sendo nossos pais biológicos é inconteste ainda o amor nutrido por eles.
E mesmo assim, mesmo neste pequeno percalço da vida, arrumávamos um jeito de ter aquilo que queríamos. Seja com o console emprestado de um amigo ou primo, indo na casa dos colegas de classe e passando horas e horas na locadora. Mesmo que não fosse seu, aquele videogame do seu sonho, muitas vezes, estava a cinquenta centavos de distância e, por meia hora, ele era seu…
E aí senhores, o que vocês queriam ter quando criança e não puderam, seja videogame, brinquedos ou afins?
Fonte: UCEG