Eu não consigo, em parte, entender completamente o ismo que algumas pessoas levam a vida toda. Torcer para time X, partido político Y, ser completamente devoto a uma religião Z e gostar de uma só marca/console W, onde todo o resto, em sua grande maioria, é negado, cuspido, pisoteado, escarrado por estas pessoas e isto poderia me colocar numa posição difícil como Segamaníaco, onde as pessoas poderiam me julgar como ista.
Claro, não vou aqui defender que sou uma pessoa neutra quando o assunto são os jogos eletrônicos e, principalmente, a rivalidade inerente de empresas e consoles desta indústria. Muito pelo contrário, se vier uma postagem para falar que o Mega Drive é melhor que o Super Nintendo, sou um dos primeiros a se manifestar a favor do bólido negro da SEGA.
Mas eu não faço isto porque sou um cego fã da SEGA, muito pelo contrário, sou consciente dos erros e acertos que a empresa criada por David Rosen fez nas décadas que se passaram e ainda mais nos dias de hoje. Sou aquele fã, não ista, que tem um senso crítico emparelhado ao amor incondicional para com a empresa, sou aquele fã que elogia quando necessário, mas fala dos erros quando feitos, nunca fui de consumir qualquer porcaria – e isto não se resume apenas a SEGA.
Ser Segamaníaco não me proíbe de gostar de outros consoles. Gastei dias, semanas, meses, anos, jogando os mais diversos clones do NES, um mesmo quinhão de tempo no Atari 2600, um pouco menos no Intelivision, NeoGeo, Atari Lynx, Master System, 32X, Atari Jaguar, 3DO, Sega Saturn, Dreamcast, XBoX e GameCube, e, talvez, uma mesma quantidade de tempo no Mega Drive, Super Nintendo, PSX, PS2, PS3, Wii, GameBoy, GameBoy Advance , PSP e Nintendo DS, nem vou contabilizar um possível tempo com o PC, que passa todos estes juntos.
Eu aprecio as plataformas e suas empresas porque eu gosto, adoro, amo jogar videogame. Se jogo X está apenas em uma plataforma e se me é possível jogar – seja com o console emprestado, seja emulado – irei fazê-lo, mesmo com o desdém existente dos fãs xiitas da plataforma concorrente.
Ainda assim, sou defensor dos consoles da SEGA, não porque eu odeie o NES, SNES ou Nintendo 64, pelo contrário, cada sistema aí tem os seus títulos de valor e faço questão de jogá-los. Eu faço esta defesa porque, vocês, assim como eu, sabemos que há um contingente maior de defensores da Nintendo e da Sony do que da SEGA ou Microsoft e defender a minoria é muito mais emocionante do que fazer parte da maioria.
Claro que a minha defesa não é aquela voltada para o achismo ou levada pela emoção, a defesa, mesmo que não seja vitoriosa, se dá por números e dados técnicos, levando em consideração estes pontos com apoio do conhecimento que tenho na área da Tecnologia da Informação.
Tenho como grande paixão ler, entender e conhecer o que se entende por tecnologia computacional e deu a calhar que Videogames está neste meio. Gosto de ler sobre processadores, de compreender como eles funcionam, o que torna aquele melhor que este, assim como placas de vídeo, memória e afins ao ponto que sou formado na área de Análise de Sistemas, uni o meu hobby a uma formação na área.
Desta forma forma eu tento ser não imparcial, porque não dá para ser quando os nervos estão a flor da pele. Tento, na verdade, trazer dados que eu tenho de cor, ou naquilo que pesquisei para o meio da discussão para que nada fique apenas na base do achismo.
É por isto que eu gosto da Console Wars e de como este assunto reaparece nos grupos e rodas de discussão, pois assim separamos aqueles que acham para com aqueles que entendem do assunto e eu, como Segamaníaco sempre irei cutucar para o lado da SEGA, porque é mais divertido.
Sempre é. Por isso sempre serei um Segamaníaco.
