Todo mundo sabe que a criação de um produto novo, seja de qual indústria for, sempre vai ter uma quantidade interessante de designs que são pensados e, depois de uma séria análise, são descartados por n motivos. Seja por serem feios, seja por não parecerem ergonômicos, algo nestes desenhos motiva a não seguir adiante com eles e, com controles, não é diferente.
Para quem conhece a história do Super Nintendo e do PlayStation, muitas imagens pipocaram na última década mostrando a evolução tanto dos consoles em si, como dos controles que iriam vir neles. Uma das imagens mais recorrentes no meio gamer é a evolução da logo do PlayStation até chegar naquela que tanto estamos acostumados.
Se formos procurar nos arquivos das empresas produtoras de consoles certamente acharemos todo, ou pelo menos boa parte, o planejamento dos consoles, de como iriam fazer isto e acabaram fazendo aquilo e que as fofocas que haviam na EGM não eram por demais descabidas.
E no Mega Drive não é nenhuma exceção. O livro Sega Mega Drive | Genesis Collected Works fez um trabalho excepcional em procurar os arquivos originais da SEGA para o desenvolvimento do até então conhecido Mark V e de tudo que mostra no livro, os controles foram algo que me chamaram atenção.
O formato dos controles, como vocês podem ver abaixo um deles, parecia já estar bem definido. Uma carcaça curvada para uma melhor empunhadura, bem diferente daquilo que os americanos e japoneses estavam acostumados com o NES, Master System e TurboGrafx-16. Os três botões eram praxe, pois era o básico dos arcades na época de lançamento do Mega Drive.
Desde o desenho original podemos perceber justamente esta questão para dar um maior conforto aos jogadores, pois, apesar da qualidade ímpar dos controles da Nintendo com o seu NES, a forma retangular nunca foi das mais ergonômicas a ser usar no dia a dia.
O desenho acima é até um pouco estranho por conta da distância dos botões de ação A, B, C para com a parte inferior do controle e o D-PAD é bem diferente daquilo que nós estamos acostumados.
A forma do segundo desenho não mudou em nada. Temos aqui uma aproximação maior dos botões de ação e a centralização do botão Start, ainda assim algo bem diferente dos controles que tanto adoramos.
Agora temos uma aproximação maior com os controles originais de 3 botões que vieram com o Mega Drive. Particularmente achei esta prova de conceito bem interessante e cairia bem se tivesse saído no console.
Este último desenho, na ordem que aparece no livro, remete bem as duas primeiras provas de conceito e que, novamente, acho que os controles com os botões de ação mais afastados das bordas tornaria a jogabilidade um tanto quanto difícil, mas, claro, como são apenas rascunhos, certamente o modelo final não ficaria assim.
E aí, o que acharam destes controles descartados para o Mega Drive? Qual deles você acha que encaixaria melhor se fosse lançado para o console na época, ou o bom e velho controle de 3 botões que todos nós conhecemos está ótimo do jeito que é.
Lembrem-se, na época do lançamento do Mega Drive, em 1988, sequer era cogitado controle com 6 botões de ação e poucos arcades usavam mais de 3 botões até então.
Fonte: Sega Mega Drive / Genesis Collected Works