Uma coisa é certa, tanto quanto ter de pagar impostos, ficar com raiva sobre política, chorar em algum filme de animal e ele morre, e, não por menos, a própria morte, existem alguns jogos nos mais diversos sistemas que jogamos por aí que marcam de uma forma positiva nossas vidas.
Eu, por aqui, já joguei os mais diversos títulos dos mais diversos sistemas, desde o Atari 2600, passando pelo NES, Master System, Super Nintendo, Sega CD, Sega Saturno, Nintendo 64, PSX e tantos outros e poderia citar, de cada sistema, todos os jogos que me marcaram, mas a lista, por si só, seria extremamente chata e enfadonha porque eu mesmo ia ficar de saco cheio citando TODOS os jogos que me marcaram e o foco primordialmente desta postagem são os jogos que me marcaram no Mega Drive.
Claro que, ainda assim, posso estar sendo um pouco transgressor em citar os jogos que me marcaram aqui achando que, por ventura do acaso, do destino e dos céus, que alguém vai se interessar numa lista de jogos que esta pessoa aqui que vos fala através destas linhas retas criadas em HTML pelo WordPress. No afã de achar que sou alguém de mera importância peculiar para os diversos fãs deste adorável console negro criado pela SEGA, quem sabe alguém por aí se interessa na lista que postarei a seguir.
Ficar marcado
Claro que, e não vai deixar de ser possível, os jogos que aqui vão constar a seguir não serão os mesmos títulos que muitos outros fãs jogaram no sistema de 16-bit da SEGA, na verdade – e assim creio que vai ser assim -, poderá ocorrer que NENHUM dos jogos que estará na lista – que não terá ordem de preferência, diga-se – pode ter o mesmo valor nostálgico para o leitor.
Acredito que na pluralidade existente dos jogadores que temos em nosso imenso mundo gamer, se eu tiver algum amigo, colega ou amigo que tenha um ou outro jogo na sua lista de marcado tal qual a minha, já ficarei imensamente grato por essa convergência.
A criação dos mais diversos jogos nos múltiplos sistemas foi feito justamente para agradar um dentre os vários nichos existentes e é aí que aquele título – talvez obscuro, talvez esquecido, talvez que esteja apenas em sua imaginação – se faz presente nas diversas listas que populam a internet.
Dar preferência
Fazer um top alguma coisa, sobre qualquer coisa, para qualquer coisa, muitas vezes encontra um problema sério na sua qualificação. Por mais que queiramos fazer algo que pareça ter alguma lógica em sua escolha e que possamos dar uma importância ainda maior numa lista, muitas vezes caímos na armadilha de colocar demais importância nestas coisas.
Todo e qualquer tipo de Top, ranking ou afins sobre filmes, revistas, jogos, discos, músicas, sempre cairá no ocaso de aquilo que foi posto em primeiro lugar hoje, poderá ser o terceiro, décimo ou centésimo lugar amanhã, por isto que eu rio bastante quando alguém fala que aquele jogo mal lançado já é GOTY sem, ao menos, esperar sair os outros jogos durante o ano – o mesmo valendo para livros, filmes, seriados e afins.
Mas vamos deixar de enrolação, pois estamos com um pouco mais de 530 palavras, o suficiente para o artigo se tornar longo o bastante para o Google dar importância.
AOS JOGOS
Desert Strike: Return to the Gulf
O que dizer sobre um jogo que conseguiu capitalizar a – naquela época – atual Guerra do Golfo? Quem era criança ou adolescente na época assistiu em primeira mão – provavelmente pela Globo – os mais diversos ataques dos EUA contra o Iraque e Saddam Hussein, sendo a Guerra do Golfo considerada o embate moderno mais televisionado na história, ainda hoje.
Em Desert Strike, que tem aquela tela-título espetacular com uma pesada guitarra estourando os nossos tímpanos, você é um piloto de helicóptero americano que tem várias missões a cumprir num país fictício no Oriente Médio.
A sua visão isométrica permite que o jogador consiga ter uma visão bem interessante de todo o terreno ao seu redor, assim permitindo planejar uma estratégia interessante para fechar os cinco mapas que a Electronic Arts nos traz.
Joguei este título quando pré-adolescente e até hoje ainda sou fascinado com este jogo.
Ecco The Dolphin
Diferente, é o mínimo que eu poderia dizer sobre este jogo. Ed Annunziata, o louco por detrás deste título de um golfinho que tem a missão de salvar o mundo, é, sem sombra de dúvida, um dos grande gênios deste mundo de jogos eletrônicos, não é por menos, ele trabalhou em títulos como Chakan, Vectorman e Kolibri – este para o 32X.
Quem imaginou na possibilidade de poder controlar um golfinho e usar as suas habilidades especiais para salvar o mundo do mal? Quando eu li sobre Ecco numa revista de videogame, creio eu que foi na Supergame, eu só tinha uma coisa na mente, preciso jogar este título.
Em principio, o jogo é um pouco difícil de entender, mas com a ajuda da Supergame, saber para onde ir ficou mais fácil, principalmente por conta da trilha sonora deste jogo que é fora do comum.
Alien 3
Sou fã da franquia, então não tem para onde correr que Alien³ é um dos jogos que, frequentemente, estará nalguma lista que eu, por ventura, vier a falar.
Seja por sua jogabilidade, bem precisa; seu desafio, crescente e agoniante; sua trilha sonora, o cara que compôs tirou extrato de tomate do limão que é o Yamaha 2612 quando não me bem trabalhado e, até mesmo, os seus gráficos, na média num contexto geral, Alien³ para mim é um título que qualquer jogador de Mega Drive precisa conhecer em algum momento de sua jogatina com o sistema.
O título em si não tem nada a ver com o filme no qual ele “rouba” o nome, com exceção de alguns cenários, todos os outros elementos são retirados do filme Aliens (Aliens, o Resgate), que foi dirigido por James Cameron.
Alien³, que jogo, que raiva daqueles prisioneiros “reféns” e a infernal corrida contra o tempo.
Contra: Hard Corps
Na minha vida gamer jogou os mais diversos títulos da série Contra, que foram:
- Contra,
- Super Contra (Super C),
- Contra III,
- Contra: Legacy of War,
- Contra: Shattered Soldier,
- Contra ReBirth,
- Operation C,
- Contra Advance: The Alien Wars EX,
- Contra 4.
E eu posso dizer sem contestar a minha própria opinião que Contra: Hard Corps é o melhor jogo de toda a série. Com um desafio crescente e uma jogabilidade aos moldes do Contra III, o Hard Corps se mostra uma bela pérola criada pela Konami para o Mega Drive.
A possibilidade de escolher caminhos, fazer vários finais e ter personagens cada qual com suas armas e “habilidades”, torna o fator replay deste jogo algo ímpar.
Peguei este título em sua versão americana, significando que morri para cacete até conseguir dominar bem o jogo – a versão japonesa é relativamente mais fácil.
Magical Tarurūto-kun
Aquele jogo que você não dá nada, pelo menos foi assim comigo. Peguei ele numa locadora, completamente despretensioso e vi na contra-capa que ele parecia bem bonito e colorido – diferente da grande maioria dos títulos do Mega Drive que não tinham cores tão vivas.
Acabei por alugar ele e apesar de ser bem simples e com uma música divertidinha, acabei por pegar um título que é, sem grandes delongas, bem desafiador.
Tinha toda uma história por detrás do jogo, mas como eu não sei nada de japonês não dava para entender nada do que se tratava até vir a internet e o Wikipedia salvar a minha lembrança deste jogo, ele foi uma das primeiras ROMS que eu peguei na internet em 1997.
Olympic Gold 1992
Assim como aconteceu com a Guerra do Golfo e Desert Strike, outro evento mundial pode ser jogado por milhares de jogadores ao redor do mundo – eu incluso – que foi as Olimpíadas de Barcelona.
Eu me lembro que joguei, pela primeira vez, este título numa locadora no meu interior e pude entender bem como era possível jogar ele através do manual – no qual o dono da locadora permitia que a gente pudesse ler para entender melhor o jogo, depois ele tirou xerox para não que ninguém pega-se “emprestado” o manual – e todas as modalidades ali presentes.
Lembro bem que eu nunca fui bom Salto Ornamental, na verdade, até hoje, eu não entendo como aquilo funciona, mas a possibilidade de se jogar as demais modalidades olímpicas que tínhamos na televisão era algo fora do comum.
E, também, porque o título poderia ser jogado em português, aquilo explodiu a minha cabeça e por falar em título em português.
Phantasy Star II
Phantasy Star II, provavelmente, foi o meu primeiro “RPG” eletrônico – não joguei a versão de Master System – e por misturar elementos fantásticos com Ficção Científica, ficou logo de cara fisgado.
Como eu não tinha nada para se comparar na época – vim jogar Final Fantasy IV somente em 1996, com os emuladores e traduzido em PT-BR, pelo CBT (Central Brasileira de Traduções) – ele foi o melhor jogo deste estilo que eu joguei até então.
Claro que andar por Motavia com os personagens bem fracos ou nos mais diversos labirintos que eram os dungeons no jogo era algo que deixa qualquer um louco, mas, ainda assim, foi um título extremamente marcante por sua história.
Sonic the Hedgehog 1
Este foi o terceiro título de Mega Drive que eu joguei, o primeiro, até onde eu me lembro, foi Streets of Rage – em sua versão japonesa, Bare Knuckle – e o segundo título que eu cheguei a jogar foi Altered Beast, nunca tinha jogado a versão de Arcade antes e que emoção de ter jogado Sonic.
Antes já havia jogado os mais diversos títulos do NES, entre eles o Mario 2, Little Nemo, Megaman 2, mas nenhum deles era tão colorido, tão veloz, tão emocionante quanto o Sonic e, tem de falar a verdade, se eu tenho um grande amor por este jogo se deu porque, ao ganhar o Mega Drive, ele foi o único título que eu tive no meu console durante muito tempo.
Apesar deste “contratempo”, onde muitos de nós passamos por isso, Sonic The Hedgehog 1 é um ótimo jogo em sua totalidade, mesmo tendo um ou outro bug em sua jogabilidade – as vezes consegui fazer o Sonic travar em pulos improváveis -, a sua música é daquela que fica na sua cabeça até você cair no sono.
Road Rash
Toda a franquia Road Rash clássica no Mega Drive é de tirar o fôlego, dito isto, Road Rash 1 é, para mim, aquele título mais marcante porque, PORRADA.
Jogo com um desafio ótimo e uma trilha sonora espetacular, Road Rash é o tipo de jogo que não serve para os corações mais fracos ou que não gostam de um pouco de violência gratuita. Nem imagino as mães e os pais que alugaram este jogo achando que era apenas mais um título de corrida e de repente ouvia seu rebento gritando – de prazer ou de nojo – quando recebendo a primeira porrada dos oponentes.
Road Rash é simplesmente fenomenal e entrega aquilo que mostra em sua capa, ilusão daqueles que iriam pegar um título de corrida e ter algo tranquilo para se jogar.
Quackshot
Uma puta de uma homenagem, é o mínimo que eu posso dizer sobre Quackshot para todos os fãs de Indiana Jones. Quem assistiu aos filmes do explorador / aventureiro / caçador de tesouros seja no cinema, seja na Tela Quente, percebeu, como eu na época, que Quackshot era uma homenagem ímpar para o Dr. Jones.
Só que, comigo, teve um outro porém, na mesma época de lançamento de Quackshot estava passando DuckTales no SBT e naquele momento eu cismei que o jogo era – ou se passava – no mesmo universo do desenho animado e, por isso que, para mim, o Pato Donald não participava no desenho – deem-me o devido desconto!
E eu só tenho uma coisa a dizer sobre este título, foi um dos jogos mais fascinantes que a SEGA fez em sua parceria com a Disney – World of Illusion também é ótimo, assim como o Castle of Illusion, mas estes vão ter de ficar para a próxima.
Agora, tantos jogos e tão pouco espaço e paciência. Posso dizer que não foram tão somente estes que me fascinaram e marcaram-me no Mega Drive, ainda faltam uns bons 40 títulos que eu quero colocar aqui, mas, tudo, no seu devido tempo.
E vocês? Quais são os jogos que marcaram a sua infância ou adolescência ao jogar Mega Drive?