Pois é pessoal. Eu sempre fui um leitor assíduo das revistas de videogame brasileiras – Ação Games, Videogame, SuperGame e GamePower -, e, antigamente, eu era levado pelas opiniões que o pessoal destas revistas colocavam como a mais pura verdade e não é que eu quebrei as caras algumas vezes? Sempre acreditei, na época, que o Giga Drive, um dia, sairia. Que o Mega Drive, em sua segunda versão, seria ainda mais potente que a primeira e o Super Nintendoreceberia um Drive de CD.
Quantas e quantas vezes os leitores não foram enganados pela falta de informação e da forma amadora que as revistas brasileiras vendiam as informações? Não estou reclamando da revista em si, mas da forma como elas tratavam assuntos relevantes quanto as informações técnicas e afins – na época eu nem sabia o que era mhz, mas não vem ao caso -, chegando ao ponto, numa Ação Games, de traduzirem errado uma informação. Como eles conseguiram chegar até o erro é de se imaginar.
Claro que devemos levar em conta que as revistas brasileiras dependiam muito do que as revistas americanas e europeias, talvez até mesmo japonesas, traziam de informação e no tempo em que, digamos, a EGM fala do Giga Drive, três meses depois é que nas Revistas brasileiras isso iria aparecer e estas informações já estariam superadas e negadas. Bons tempos em que a real era da informação, com a Internet, sequer havia sido iniciada de fato.
Mas chegamos a algum lugar. Com os desencontros de informações ou as mesmas muito mal trabalhadas, até que ponto as mesmas, naquela época, eram verdadeiras e quais delas eram falsas? O quanto delas foram criadas pelos redatores destas revistas só para deixar os fieis leitores antenados para a próxima edição? Sim, claro, a revista tinha de vender o seu jabá, mas até que ponto a veracidade das informações deveriam ser inventadas só para uma questão de vendagem mensagem, e, no caso da Ação Games, quinzenal?
Tempos depois, as revistas de games ficaram mais profissionais e com o advento da Internet as informações ficaram mais precisas, mas, neste interim, elas já estavam afundando.
E vocês leitores, acreditavam tanto quanto eu nas revistas de games brasileiras?