Minhas escolhas, faz muito tempo que não falo sobre isto. Vamos rever e repensar sobre as minhas escolhas?
Por muito tempo tento entender como funciona o ser humano. Mais basicamente a questão que sempre norteia o caso de escolher lados e de como as pessoas descem a níveis tão baixos que nem Zeus consegue explicar. Estou com mais de três décadas de idade e, ainda, não consegui entender, muito bem, a defesa do ser humano por uma marca.
Motivei-me a escrever este pequeno artigo para tentar compartilhar para com os meus colegas e amigos gamers um pouco do meu pensamento acerca desta questão e de como, por mais que pensemos, nunca chegamos a uma resposta com parcimônia, se é que se pode chegar a qualquer conclusão do tipo.
Nós, desde pequenos, fomos obrigados a escolher algo. Qual é a sua cor favorita? Que brinquedo você mais gosta? Você gosta mais da sua mãe ou do seu pai? E, com o passar do tempo, as questões acerca de escolhas vão crescendo cada vez mais e mais, e as respostas vão ficando cada vez mais complicadas.
Nessa construção do nosso caráter acabamos por criar gostos pessoais e por muitas vezes estes mesmos entram em conflito com os gostos de outras pessoas e, assim, se abre um leque inimaginável e inesgotável de discussão ao ponto de ter gente matando ou morrendo por conta de um mero símbolo estampado numa camisa ou uma marca num aparelho eletrônico.
Mas, porquê? Por que algo que simplesmente compramos, ou optamos por gostar, acabam virando uma espécie de filosofia de vida que é necessária ser defendida a unhas e dentes, mais do que nossas mães, irmãos ou parentes? Por que uma marca, um time, um produto ou um serviço se torna o nosso Monte Olimpo e viramos meros guerreiros mortais em defesa destes colossos magnânimos que mal dão atenção aos seus plebeus?
Não existe nenhuma resposta única, mas sim vários estudos que nos tentam explicar o porquê desta necessidade que está completamente associada a existência humana. No meu entender do que venho observado por aí é que nós, seres humanos, temos vazios a serem sempre preenchidos e estes só o são quando aceitamos completamente a filosofia daquela marca, daquele produto, daquela empresa e nos incluímos como parte essencial da mesma.
Desta forma, quando alguém fala mal desta ou daquela empresa, daquele produto, daquela marca, esta ofensa acaba por virar algo pessoal e quando nós o fazemos, quando achamos uma brecha para dizer mal sobre estas coisas, nos sentimos recompensados porque alguém vai cair nesta armadilha e é uma bola de neve que nunca acaba, pois uns se sentem péssimos enquanto outros se vangloriam com a ‘maldade’ perpetrada.
Existe alguma coisa melhor que a outra? No olhar do escravo do próprio vazio, daquele que necessita ser incluído em algum grupo, sim, sempre haverá algo melhor e este sempre é aquilo que ele escolhe. Do outro lado, para aqueles que apreciam o geral, com as suas idiossincrasias, boas ou ruins, existe apenas um outro serviço, objeto, produto ou empresa que pode ser experimentado no seu devido tempo.
Ainda se tem um terceiro, daqueles que preferem, ou tentam, não ser influenciados por qualquer coisa que o seja ou preferem ficar mais nas deles, respeitando a tudo e a todos, mas isto nem sempre é possível, porque quando se faz parte de um ciclo social, pisou na frigideira, tem de sambar.
Claro que o mundo não precisa ser assim, pois é saudável que todos pensem diferentes, mas, o mais importante não é a diferença em si, mas o respeito mútuo que faz falta nas muitas discussões existentes seja na vida online, seja na vida off-line.
E, desta maneira, as perguntas sobre esta questão ainda continuarão, até o ser humano deixar de existir… ou não.
Deixo, então, uma pergunta, você é uma marca?