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Tempo, que tempo?

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Quando somo crianças, temos todo o tempo do mundo para brincar, se divertir, estudar e se distrair. A nossa única grande preocupação – ou assim deveria ser – eram com as notas de colégio para não levar aquela chinelada típica do pai ou da mãe e basicamente isso.

tempoNaquela tenra idade, quando iríamos jogar videogame – se é que tínhamos um – sonhávamos em ter uma quantidade infindável de jogos em nossas mãos. Todos aqueles jogos que víamos nas revistas de videogame, nós queríamos ter, só que sabíamos que não era algo de se obter, porque eles eram – e ainda são – caros e não importava o tempo despendido pedindo para os pais comprar alguma coisa, aquilo só viria de duas formas, ou natal ou aniversário, sem mais, nem menos.

Era por isso que, naquela época, ansiávamos em ser adultos, de poder trabalhar e ter o nosso próprio dinheiro e, assim, se esbaldar em comprar os mais diversos jogos, consoles e poder jogar até altas horas da noite sem o aperreio da família dizendo que você está passando um tempo inestimável jogando videogame.

O sonho, a vontade, o anseio de se tornar grande é algo até maravilhoso e interessante, mas se você não chegou a assistir Eu Quero Ser Grande, um clássico dos anos de 1980 com Tom Hanks e que ilustra de uma forma bem colorida como é ser adulto, a vida iria preparar para você quando viesse o primeiro boleto a ser pago.

Os anos não tão dourados… para os videogames!

Ao transitar da vida infantil para a vida adulta começamos a perceber algumas pelejas que a vida nos dá. Terminando ali o segundo grau – ou até mesmo durante ele -, começa-se a ir atrás de algum estágio ou de um emprego para que possamos ter uma coexistência familiar, sem depender muito da grana que é parca da família.

E é nesse tempo que a vontade de jogar videogame bate de frente com o de ter de trabalhar e mirar para um futuro que possa lhe trazer algum tipo de conforto. E a barrinha do tempo de se divertir com jogos diminuí, algumas vezes, até de forma drástica para algumas pessoas.

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Entre estudos e jogatina… dá para conciliar?

Sem contar que outras formas de diversão começam a aparecer em sua vida. As vezes ouço relatos de um quão sem número de pessoas que param de jogar videogame nesse período da vida, onde começam a frequentar a faculdade, trabalhar e os jogos eletrônicos acabam não sendo um grande atrativo como era antigamente.

Então será que o sonho de trabalhar para ter todos os jogos que quisesse se esmorece aí? Em alguns casos sim, em outros fica algo adormecido que pode retomar futuramente, mas o tempo, ahhhhh o tempo vai ficando cada vez mais escasso.

Voltamos? Não tão bem assim.

No ínterim da faculdade, de empregos, de divertimento e afins, acabamos nos encontrando naquele momento de ir atrás de um parceiro para vida. Este podemos ter a sorte de achar logo de cara, outras vezes é algo que pode demorar algumas décadas.

E nestas possibilidades, idas e vindas, temos aquele outro parceiro adormecido que espera ser despertado, que é o videogame. É aqui que começamos a mensurar o tempo que temos a disposição para jogar e o momento que temos para seguirmos o curso da vida e sermos mais sociais com as pessoas ao nosso redor.

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Família, família… almoça junto todo dia…

Neste entremeio, podemos acabar criando uma família e, neste caso, o tempo para este novo conjunto de fatores, muitas vezes, sobrepõe aquele momento que você tinha para jogar videogame, mas, muitos conseguem equalizar a jogatina com a família.

Ou, por vezes, seguimos procurando e continuamos jogando e acabamos realizando parte do nosso sonho de ter os videogames e os jogos que sempre queríamos ter. Começando com um quarto gamer, podendo virar uma sala gamer e chegando, em alguns casos, em ter basicamente um depósito gamer, só que ainda assim, será que a pessoa tem tempo de jogar?

Será se a pessoa tem tempo de apreciar os jogos que tem, mas não de ficar olhando, mas de sim, tirar os mesmos da caixa, colocar num videogame e jogar? Ou o tempo é só de olhar aquele mural de memórias esquecidas a sua frente?

Seja o lado que for…

Qual seja a escolha que fazemos ao longo de nossas vidas, o tempo de jogar videogame pode se tornar algo extremamente raro e, por vezes, acabamos abandonando esse companheiro por conta dos problemas e trabalhos que a vida nos dá.

Mas dá para se ter um equilíbrio, isto é sempre possível. Não precisando se tornar uma obrigação para se divertir, dá para arrumar um tempo para se jogar videogame, o que precisamos é nos adaptar para tal e chegar num consenso de equilíbrio com a nossa vida adulta.

Não há nenhum julgamento sobre as nossas escolhas de como nos divertimos, apenas um resultado inexorável quando deixamos de nos divertir. De dar uma certa liberdade para as nossas mentes e corações, deixando a conta chegar, de uma forma ou de outra.

Divirta-se com os jogos eletrônicos, com os seus amigos que curtam, com a sua família que sabe da sua paixão, com os colegas de trabalho que conhecem você, pois este é o objetivo do videogame, trazer a diversão a todos aqueles que estão dispostos a receber.

Quando fazemos isso, nós só temos a ganhar e, quem sabe, é agora, na vida adulta, que você consegue finalmente finalizar o Super Mario 3? 

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