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Mega Drive e seus 29 anos!

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E pensar que o Mega Drive está completando 29 anos agora em 2017.

No dia 29/10/1988 ocorria o lançamento japonês de um console que, por anos a fio, viria a marcar completamente os gamers nos EUAEuropa e Brasil, mas não tanto no Japão. Este videogame ficou conhecido como Mega Drive no mundo inteiro.

Aos vinte e oito anos de idade, assim como qualquer outro produto, podemos analisar bem os erros e acertos de um projeto que poderia ter saído como um 8 bits, mas que na reta final ficou sendo baseado na System 16, a placa de arcade mais famosa da SEGA naquele momento.

 Dos Acertos

Usar a System 16 como base para o console. Sabiamente Hayao Nakayama, presidente da SEGA na presente data, após os rumores acerca do Super Famicom, o console de 16 bits que a Nintendo iria lançar anos depois, requereu que a equipe de projeto do Mark V viesse a continuar o design do mesmo, mas implementando elementos desta placa de arcade.

Sabemos que o Mega Drive é esta placa com vários cortes, entre eles menor quantidade de canais de som, sem vários efeitos, processador um pouco mais lento e uma quantidade de cores bem menos aparentes na tela, mas isto não impediu do console de receber muitos ports dos arcades de sucesso da SEGA, que ajudou o console a ganhar o verdadeiro título de arcade em casa.

 Retrocompatibilidade.

Um sistema pode se apoiar na marca da empresa para tentar se vender, mas, muitas vezes, ter uma base já construída para poder vender o console ajuda bastante e foi isto que aconteceu com o Mega Drive.

 

29 anos
Power Base Converter

Como o processador principal do Master (Z80) estava sendo usado para ser um coprocessador de som juntamente com o Yamaha 2612, o mesmo teria a possibilidade de ser usado para que jogos do MasterSystem pudessem rodar no Mega Drive com o uso de um adaptador para esta habilidade.

Claro que isto não foi vendido como uma feature principal, mas ao saber disto, os donos do Master na Europa, pelo menos, adotaram o Mega Drive como o seu próximo console devido a grande adesão do sistema 8 bits da SEGA no velho continente.

 Apostando nos esportes.

29 anos
John Madden Football

Para enfrentar a gigantesca concorrência da Nintendo – e supremacia da mesma – nos EUA, a SEGA of America (SOA), veio a apostar num ramo que o NESnão o fizera durante muitos anos, que foram os jogos de esportes.

Tom Kalinske, presidente da SOA na época, quando vira a situação que a empresa passava nos EUA, juntamente com a propaganda de Genesis Does What Nintendon’t, feito pelo pessoal do Marketing no tempo de Michael Katz, sabia que tinha de se virar para que o console pudesse sair de um pequeno concorrente da Nintendo para algo que viesse a Big N a temer a SEGA.

E daí nasceram as grandes parcerias com as estrelas do esporte e uma parceria ímpar com a Electronic Arts que providenciou vários títulos de esportes para o console, ajudando ao apaixonado público americano a escolher o SEGA Genesis (Mega Drive americano) como uma de suas principais plataformas de entretenimento.

 A criação de uma mascote.

29 anos

Sonic, o porco espinho.

Uma das coisas mais interessantes sobre o Mega Drive foi a criação, sob medida, de uma mascote que pudesse conquistar o coração dos americanos de uma forma nunca vista antes.

Inicialmente o Sonic poderia ter sido um canguru, um esquilo, passou a quase ser um coelho, mas o pessoal da AM8, o estúdio interno da SEGA até então perceberam que o que eles estavam fazendo não era um personagem agressivo o bastante e, enfim, chegaram nos ouriços e ficou conhecido como MrNeedlemouse e, em seguida, fora chamado de Sonic.

O seu design original ele era um personagem bem agressivo, em aparência e atitude, assim como tocava numa banda de rock, tinha presas como um vampiro, sem contar com uma namorada humana chamada Madonna. Quando Nakayama mandou a imagem-conceito para Kalinske, a equipe da SOA descartou tudo isto para manter a identidade simples.

SEGA da America também mostrou preocupação que muitos americanos sequer saberiam o que viria a ser um ouriço e propôs uma repaginada no personagem, mas se comprometeu com o Sonic Team (o antigo estudo AM8) em arrumar o personagem em alguns detalhes.

Desta forma, com as devidas melhorias, tivemos um personagem que tinha um quê de Felix, o gato juntamente com o Mickey Mouse e os americanos adoraram ele.

 Pensando no futuro.

O console foi pensado para ser muito mais que apenas uma estação de entretenimento. Ele teria acesso à internet banking. Poderia usar um mouse. Impressora. Mini mesa de desenho. Possibilidade de uso de CDKaraoke e até baixar jogos pelo que viria a ser a internet. Enfim, um verdadeiro “playstation” dos videogames, mas isto tudo tinha um preço e é o que vamos falar a seguir.

Dos Erros

 

Pensando DEMAIS no futuro.

Se o console poderia dar todas estas facilidades para o consumidor, os ADDons seriam baratos não? De forma alguma, tudo que era vendido a parte nesta área eram bem caros se comparado com o valor que o console representava e havia a competição direta para com o computador.

Daí uma pequena parte dos consumidores no Japão, e uma parcela ainda menor nos EUA, não sabia se valia a pena investir nestes ADDons por conta dos valores e, muitos deles serviam apenas para uma breve curiosidade, como é o caso do telebradesco aqui no Brasil.

ADDons.

Apesar de termos um grande apreço para com o MEGA-CD (SEGACD) e o 32X, estes dois podem ser considerados um fracasso de vendas por vários motivos, mas não vamos nos estender acerca disto além da falta de foco da SEGA para com os seus ADDons e consequente a isto o começo do abandono do Mega pela mesma.

29 anos

Mega Drive – O Megazord

SEGA-CD era um ADDon promissor, mas devido ao seu alto custo e, diga-se, um complexo kit de desenvolvimento, o aparelho foi começando a ser deixado de lado já nos próximos dois anos de sua existência, ainda mais com o surgimento do 32X.

Este, o SEGA 32X, serviria para colocar o console de 16 bits da SEGA a um pé do futuro, possibilitando o Mega Drive a ter muitos efeitos gráficos, mais cores em tela, um poder de processamento bem próximo do Saturno, além de um gigantesco up para processar polígonos, mas a obrigação do consumidor de ter várias tomadas, pois o ADDon requeria alimentação a parte, e ao usar jogos de Mega Driveos mesmos não haviam nenhuma melhora, fez com que o consumidor, que já estava olhando torto pro Mega por conta do SEGA-CD, agora olhavam ainda mais torto para o 32X.

Capado demais.

Não que isto tenha sido um grande erro, pois sabemos que qualquer hardware adicional ou elemento extra no mesmo é um custo a mais para produção do console, deixando-o um pouco mais caro na ponta do lápis. Certamente que 29 anos atrás tudo isto fez uma enorme diferença.

Claro que, mais uma vez, na ponta do lápis, capar o Mega Drive foi uma decisão ideal para que os consumidores tivessem a possibilidade de ter o arcade em casa. E, caso queiram saber como poderia ter ficado o Mega Drive realmente, joguem no NeoGeo.

Então pessoas, o Mega Drive agora completa 29 anos e, claro, existem mais erros e acertos que poderiam ser discutidos. Fiz questão de escrever apenas alguns para que, assim, todos pudessem compartilhar a sua visão pessoal acerca deste fantástico console criado pela SEGA e que agradou a muitos no mundo inteiro, principalmente aqui no Brasil.

PARABÉNS Mega Drive aos seus 29 anos de existência!

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